CAPÍTULO III – FOMOS ENGANADOS?! PÂNICO A DOBRAR!
Faltavam 20minutos para o avião descolar e os três irmãos entraram a correr pelo aeroporto adentro cada um com o seu trolley.
Miki (lendo as tabuletas): Partidas… Check-in… É por aqui.
A Miki ia rolando o seu trolley azul pelo aeroporto seguindo dos seus dois irmãos.
O aeroporto era grande. Havia pessoas a passearem pelo aeroporto, outras à procura de um café ou de um quiosque para tomarem um café ou simplesmente comprarem um jornal ou uma revista, algumas pessoas paravam para olharem para os grandes ecrãs que indicavam as partidas e chegadas dos voos e ouviam-se de vez em quando os altifalantes a ecoar anunciando a partida de um ou outro avião.
Chegaram à zona do check-in e felizmente havia um guiché vazio.
Entregaram os bilhetes e os documentos de identificação de cada um à funcionária e esta pôs-se a verificar os documentos e os bilhetes.
Funcionária: Desculpem mas estes bilhetes não são aceites pelo computador…
Miki, Lopesz e Satoshi: O quê?!
Funcionária: Lamento, mas não posso fazer nada… Para mais se é o voo das 10h bem podem esquecer pois nunca mais o alcançariam…
Satoshi (em pânico): Então e agora o que fazemos?
Lopesz (inquisidor): O computador não lê os nossos bilhetes? (olhando para a Miki) Está a querer dizer que podem ser falsos?
Miki (alarmada): Não pode ser! Verifique rápido noutro computador! Pode ser que ainda apanhemos o avião!
A funcionária levantou-se e dirigiu-se ao guiché ao lado e verificou os bilhetes mas o resultado foi o mesmo.
Funcionária: Lamento, mas este computador também não consegue ler os bilhetes.
Miki: Fomos enganados!
Lopesz: Vamos a ter calma…
Satoshi (quase a ponto de chorar): As minhas japonesas…
Uma funcionária que estava no guiché da frente que tinha atendido um casal dirigiu-se a eles.
Funcionária: Algum problema, Isabel?
Isabel: Os computadores não conseguem ler os bilhetes destes senhores…
Funcionária (admirada): Hem? Como pode ser? Mostre-me cá os bilhetes.
A funcionária Isabel entregou os bilhetes à colega e esta pôs-se a examiná-los.
Funcionária: Hmm… Estes bilhetes são para um voo de jacto privado… Não são para um voo comum, Isabel. É normal que o computador não os consiga ler.
Lopesz (com brilhos nos olhos): Então são bilhetes verdadeiros?
Funcionária: Parece que sim mas tenho de verificar naquele computador que serve só para confirmar estes bilhetes especiais.
A funcionária dirigiu-se ao computador e os três irmãos seguiram-na com brilhozinhos nos olhos.
Funcionária: Confirma-se. São bilhetes verdadeiros.
Miki, Lopesz e Satoshi: Iupiiiiiii!
Funcionária: Dirijam-se para a Porta VIP. Como é um voo privado podem levar as vossas bagagens de viagem convosco.
Satoshi: Mas…já passam das 10h… o avião já terá partido…
Funcionária: Como é um voo privado e só vós ides viajar nele, ele espera e mesmo que vocês se atrasassem nós teríamos de entrar em contacto convosco para saber o que tinha acontecido. Aliás, vou telefonar para o piloto que vos vai levar para ele saber que vocês já chegaram. Boa viagem.
Os três irmãos agradeceram e dirigiram-se à porta VIP.
A voz no altifalante ecoou novamente pelo aeroporto anunciando que mais um avião ia partir este com direcção a Genebra.
Dois seguranças aproximaram-se deles e revistaram-nos.
Miki: Quem diria que eu algum dia iria ser uma Very Important Person.
Lopesz: Ahahah… Até dávamo-nos ao luxo…
Após serem revistados, os três irmãos foram acompanhados por outros dois seguranças por um longo corredor até ao jacto.
Eles entraram e deram de caras com o piloto. O piloto era alto, forte e tinha um bigode castanho e o cabelo estava tapado por uma boina também ela castanha. Vestia um casaco castanho de couro, uma camisa branca e sapatos negros como o carvão.
O piloto apresentou-se muito prazenteiro:
- Olá, sou o Johnny e vou ser o vosso piloto até Tóquio.
Cada um apresentou-se e sentou-se onde bem entendeu e o piloto dirigiu-se para a cabine.
Este ligou o aparelho e perguntou se toda a gente estava pronta para a descolagem.
Todos responderam em uníssono e o avião descolou.
Miki: Aqui vamos nós para a Terra do Sol Nascente!
Lopesz: Esta viagem vai ser espectacular!
Satoshi: Japonesas, preparem-se pois o Satoshi-kun já vai a caminho!
Durante a viagem, os irmãos jogaram às cartas, foram ter com o piloto à cabine para conversar um pouco, dormiram, … mas sentimentos idênticos passaram pela cabeça dos três: o que se iria passar no Japão? Os locais que poderiam visitar? Amigos novos que poderiam talvez fazer apesar do pouco tempo que iriam lá ficar?
Os três irmãos começaram a ficar entediados e o Satoshi foi perguntar ao piloto se ainda faltava muito para chegarem a Tóquio.
Satoshi: Quanto tempo falta para chegarmos, Sr.Johnny?
Piloto: Daqui a uma horita devemos chegar.
O Satoshi olhou para o céu.
Satoshi: Ei! Tantas nuvens negras!
Piloto: Sim. Parece que vamos ter tempestade.
De repente, começou a cair uma chuva e um vento fortíssimos. O vento começou a abanar o avião.
Piloto: É melhor que se vá sentar e diga aos seus irmãos para apertarem os cintos porque parece que vamos ter festa…
Começou a trovoar. O som dos relâmpagos iam ecoando no céu.
O Satoshi regressou para junto dos irmãos.
Miki (em pânico): Aaaahh! Uma tempestade! O avião abana todo!
Uma luz de relâmpago iluminou o céu e o estrondo explodiu entre as nuvens negras.
Satoshi e Miki despertaram os cintos e abraçaram-se um ao outro gritando.
Satoshi: Tenho medo!!!
Miki: Vamos caiiiiiiiir!!!
O Lopesz olhava pela janela e permanecia calado até que se sentiu um forte abanão e o avião começou a perder altitude.
O piloto veio a correr para junto deles.
Piloto: Um relâmpago atingiu o nosso avião e danificou seriamente a nossa asa direita. Vamos ter de saltar do avião! Cada um vai ter de pegar num pára-quedas e saltar!
Os três irmãos levantaram-se de um salto.
Miki (parecia que tinha visto um fantasma): S-S-S-Saltar ???
Satoshi (correndo de um lado para o outro com as mãos na cabeça): Socoooooorroooooo!!! Acudaaaaaaaam!!!
Lopesz(sério): Façam o que ele diz!
O piloto entregou os pára-quedas e cada um saltou.
A Miki primeiro, seguida do Satoshi, do Lopesz e por fim o piloto saltaram.
Felizmente, os pára-quedas abriram e enquanto os quatro planavam no ar ouviu-se um grande estrondo ao longe: o avião tinha acabado de se despenhar.
Aterraram em pleno oceano. Mesmo que todos soubessem nadar, a temperatura da água era muito fria e a tempestade continuava. Formavam-se enormes ondas que fustigavam os quatro sobreviventes.
Um a um foram perdendo os sentidos.
O mundo começou a ficar negro…
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PRÓXIMO CAPÍTULO:
Lopesz: Onde estamos?
Satoshi: Estamos perdidos!!!
???: Konichiwa.
Miki: Quem é esta?
CAPÍTULO IV: Onde viemos parar? Chegamos ao Japão?