Ojamajo Doremi Portugal
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 Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.

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MensagemAssunto: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSex Out 22, 2010 2:51 pm

Hey!

Decidi depois de ler as vossas mensagens no tópico de apresentações, que devia postar a minha fic aqui também.
Para começar só quero informar que esta é a minha primeira fic e que ainda ando a desenvolver a minha maneira de escrever, por isso...

Bem de qualquer modo, acho que devo fazer uma pequena introdução à fic por assim "dizer".
Olhos que não vêem, passa-se 6 anos depois do final de dokkan. As personagens tem 17 anos e muito se passou. Amizades que se pensavam ser para sempre são rompidas e demasiados problemas aparecem para serem resolvidos.
Ao longo da fic o mistério irá aumentar e haverá romance em desenvolvimento, lutas e violência com muitos problemas de carácter psicológico profundo (pelo menos na minha opinião). Só para deixar aqui uma nota: a maior parte da fic é narrada com POV (point of view - ponto de vista) de diversas personagens.

Por agora não posso realmente adiantar muito mais se não depois perde a piada mas vou deixar-vos pelo menos agora o prologo e descrições de personagens:

(AH! esqueci-me de dizer: eu uso a maior parte dos nomes no original Japonês, basicamente só a Onpu é que mudei para o europeu de Nicole)

Índice
Prologo ---pag 1
Personagens ---pag 1
1º Capitulo - A Estranha Conhecida ---pag 1
2º Capitulo - Como uma Deusa ---pag 1
3º Capitulo - Eu senti a sua dor ---pag 1
4º Capitulo - Vou queixar-me a...alguém! ---pag 1
5º Capitulo - Blasfémia ---pag 1
6º Capitulo - Chamaram? ---pag 1
7º Capitulo - O meu punhal favorito ---pag1
8º Capitulo - Respostas parte1 ---pag 1
9º Capitulo - Respostas parte2 ---pag 1
10º Capitulo - Respostas parte3 ---pag 2
11º Capitulo - Ela recrutou mais um ---pag 2
12º Capitulo - Ler-te não é assim tão ---pag 2
13º Capitulo - Acho que disse aquilo em voz alta ---pag 2
14º Capitulo - Eu tenho vida sem ser-vos matar ---pag 2
15º Capitulo - Antídoto ---pag 2
16º Capitulo - Linguagem Colorida ---pag 3
17º Capitulo - No que é que te estas a meter? ---pag 3
18º Capitulo - Ela também disse... ---pag 3
19º Capitulo - Respira Harukase ---pag 3
20º Capitulo - Oh, oh, oh, a pirats life for me! ---pag 4
21º Capitulo - Baby, It's Cold Outside ---pag4
22º Capitulo - Convocada parte1 ---pag 4
23º Capitulo - Convocada parte2 ---pag 4
24º Capitulo - Convocada parte3 ---pag 4
25º Capitulo - Convocada parte4 ---pag 5
26º Capitulo - Conforto ---pag 5
27º Capitulo - Estava lá, mas não sabia onde estava ---pag 5
28º Capitulo - TU AMAS-NOS! ---pag 5
29º Capitulo - Jasmim ---pag 6
30º Capitulo - Acordar ---pag 6
31º Capitulo - Eu estou aqui ---pag 6
32º Capitulo - Hanna parte1 ---pag 6
33º Capitulo - Hanna parte2 ---pag 7
34º Capitulo - Hanna parte3 ---pag 7
35º Capitulo - Ajuda ---pag7
36º Capitulo - Gémeas ---pag 8
37º Capitulo - Tanllyd ---pag 8
38º Capitulo - Preoucupação ---pag8
39º Capitulo - Compreensão parte 1 ---pag9
40º Capitulo - Compreensão parte 2 ---pag9


PROLOGO


«Não…Não! Não, deixa-me ir! Não! Não! NÃO!»

Abri os olhos irritada. Memórias velhas como aquelas deviam estar trancadas em baús velhos cheios de trancas.

A mulher ao meu lado remexeu-se incomodada, tentado a todo o custo não me tocar, dentro dos limites do espaço diminuto dos lugares do autocarro. Este cheirava a pessoas. Suor, tabaco, perfume, tudo perfeitamente misturado. Cheirava a liberdade. Era incrivelmente diferente do cheiro a morte, sangue e lágrimas não derramadas, do lugar de onde fugia.

Podia enrolar-se numa bola e chorar por este pequeno gosto, esta pequena porção de liberdade, mas não faria. Não agora. Talvez á 5 anos atrás o fizesse se eles não tivessem acabado com a minha vida. Quando eles acabaram com qualquer ilusão de quem eu era e, me transformaram no que sou agora. E o pior? Aquela "mulher" permitiu-o. Era tão irritante, pensei fechando a mão num punho; ao mesmo tempo um relâmpago embateu no asfalto ao lado do autocarro, fazendo todas as pessoas que nele estavam darem o gritinho básico. Ridículo.

Acabamos de passar pela placa de «Bem-vindos a Misora». Suspirei. Agora não tinha outra escolha senão controlar-me. Aqui não podia fazer coisas como as que fazia.

O autocarro passou pela loja. Imensas pessoas entravam e saiam. Parece que elas mudaram outra vez de negócio. Agora é um "café musical". As meninas iam ficar tão…

Não! Abri os olhos irritada comigo mesma. Não! Eu estava de volta, elas não podiam tirar-me isso.

Doremi Harukase estava de volta. Agora aguentem-se.



PERSONAGENS


Doremi Harukase – Cabelo ruivo pelo fundo das costas levemente ondulado com uma franja lateral comprida.

Olhos rosas frios.

Visual motoqueira: Casaco de cabedal preto, botas, jeans, tops desportivos, etc…

Idade: 17

Aniversário: 30 de Julho

Família: Keisuke, Haruka e Bibi Harukase

Emilie Fujiwara – cabelo castanho claro cortado acima dos ombros com franja lateral (estilo channel).

Óculos de estilo rectangulares clássico escondendo olhos castanhos profundos.

A mais baixa do grupo.

Visual clássica: saias, camiseiros, casacos…

Idade: 17

Aniversário: 14 de Fevereiro

Família: Akira e Reiko Fujiwara; Baaya (ama)

Sophie Seno – cabelo preto cortado rente (quase à rapaz) espetado.

Olhos azuis-escuros.

A mais alta do grupo.

Visual desportivo chique.

Idade: 17

Aniversário: 14 de Novembro

Família: Koji Seno; Atsuko Okamura

Nicole Segawa – cabelo cortado pelos ombros com franja direita, pintando de roxo.

Olhos violenta grandes e expressivos.

Visual: chique (vestidos de seda, casacos de designers, etc…)

Idade: 17

Aniversário: 3 de Março

Família: Tsuyoshi e Miho Segawa

Momoko Asuka – Cabelo loiro liso comprido batendo levemente abaixo das omoplatas.

Olhos verdes sempre divertidos.

Visual hippy/boémio chique.

Idade: 17

Aniversário: 6 de Maio

Família: Kenzo e Minori Asuka

Hanna Makihatayama – Cabelo loiro liso comprido (batendo no fundo das costas) sempre preso de lado.

Olhos castanhos-claros.

Visual Casual: blusas e calções.

Idade: Real – 8, Aparência – 17

Aniversário: 25 de Março

Bibi Harukase – cabelo cobre aos cachos largos pelos ombros.

Olhos rosas.

Visual menina de escola.

Idade: 13

Aniversário: 9 de Setembro

Família: Keisuke, Haruka e Doremi Harukase

Outras personagens

Tetsuya Kotake – Cabelo preto curto, num penteado entre o arrumado e o espetado.

Olhos azuis-claros.

Visual descontraído, mas arrumado.

Idade: 17

Aniversário: 15 de Abril

Masaru Yada - Cabelo mel desgrenhado.

Olhos verdes escuros.

Visual descontraído (t-shirts, jeans, camisas de flanela, etc...)

Idade: 17

Aniversário: 13 de Janeiro

(Os nomes dos pais estão em ordem: pai, mãe e restantes…)





Última edição por misa3000 em Seg maio 07, 2012 2:06 am, editado 19 vez(es) (Motivo da edição : Acrescentei o indice - BGD Tinoco!)
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSex Out 22, 2010 6:16 pm

Olá Very Happy
Comecei a ler a tua fic Very Happy
O teu prologo parece triste e elas estão super diferentes Smile
Gostei do prologo Smile
Tens muito geitinho acredita Very Happy
Estou prontinha para o proximo e peço.te mais^^
QUERO MAIS Very Happy

A Minha Tinoco vai adorar*.*

Só uma coisa, movi a tua fic para o topico fanfics pq este é à cerca do anime Doremi e não deve ficar nas fanfics gerais Smile
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Out 23, 2010 5:21 pm

Hey!
Fiquei super entusiasmada com o facto de já ter respostas em relação à fic, no outro sitio onde estou a postar basicamante só no capitulo 5º é que começaram a aparecer pessoas...
De qualquer forma estou mesmo entusiasmada com isto, por isso não me consegui ignorar o desejo de postar o 1º Capitulo já hoje!

I_Moreira escreveu:
Olá Very Happy
Comecei a ler a tua fic Very Happy
O teu prologo parece triste e elas estão super diferentes Smile
Gostei do prologo Smile

Obrigada!!!! Fico feliz que estejas a gostar, em relação às personagens bem... eu gosto de fazer mudanças, mas acredita não é só fisicamente que as personagens mudaram Very Happy


De qualquer modo não me vou demorar mais e por isso aqui vai:

1º CAPITULO - A Estranha Conhecida

POV Haruka Harukase

O barulho de passos lá em cima era ensurdecedor. Os gritos de "Mãe, onde está a camisola verde?" eram repetitivos e altos. Todos os anos era assim.

- Mãe! – gritou Bibi entrando na cozinha – Eu perdi os meus sapatos!

Sorriu levemente. Afinal de contas era a quinta vez só esta manhã, que tínhamos a crise "perdi qualquer coisa". Era curioso como a sua filha génio tinha a capacidade de perder tudo e mais alguma coisa. Era assim quando ela tinha 8 anos e, continuava a ser assim aos 13.

- Já viste debaixo da cama?

- Mãe é claro que…Não! Eu vou ver! – grita correndo escada acima.

Após uns momentos ouvi um " ACHEI!" Sorri continuando a lavar a louça do pequeno-almoço. Terminei, limpando as mãos á toalha.

- Mãe, já vou!

Sai da cozinha rapidamente tentando que ela ainda ouvisse o meu grito de "Tem cuidado", antes de ela bater a porta. Não tive sorte alguma com isso.

Um braço apareceu sobre os meus ombros e virei-me sorrindo ao Keisuke.

- Ela ainda não aprendeu a não bater com as portas.

- Ou a despedir-se das pessoas – disse sorrindo.

Um barulho na porta fê-la suspirar. Ela devia ter-se esquecido de alguma coisa…Outra vez.

- Vá lá Bibi – disse entrando no Hall – O que é que foi desta vez…

A pessoa na minha entrada não era a minha filha de 13 anos. Era uma pessoa alta de formas definidas e magra. O cabelo batia no fundo das costas descendo em cascatas ruivas num ondulado ligeiro. Os olhos eram grandes, fechados e frios num surpreendente tom cor-de-rosa escurecido pela dureza neles apresentado. Estava vestida elegantemente de calças jeans skinny metidas dentro de umas botas de cabedal negras. A parte de cima da vestimenta era constituída por um blusão de cabedal também negro. Á sua volta tinha um malão de aspecto antigo e pesado, cheio de cadeados, e uma mochila de campismo pousada aos pés. Ela, ela…

- Doremi?

A estranha conhecida adoptou uma pose atenta, embora defensiva. Era ela. Era mesmo ela…Não aguentei mais. Deixei escapar um grito abafado enquanto corria na sua direcção com lágrimas a correm-me cara abaixo. Embati contra ela, num abraço apertado. Esta ficou rígida quase como se surpreendida por ser abraçada. Isso só me fez chorar mais. Ela tinha voltado. A minha filhota tinha voltado. Lentamente e quase hesitantemente, ela começou a mover-se pousando uma mão no meu ombro.

- Doremi!

- Olá mãe.

Levantei o rosto a este simples murmúrio. Eu não podia esta mais feliz.

- Bem. – disse levantando-me – Vamos! Não fiques aqui na entrada.

O meu marido, que havia aparecido atrás de mim, tão surpreso como eu, rapidamente pegou nas malas da Doremi.

- O resto das tuas coisas? – perguntou.

- É só isto. – ela sussurro entrando calmamente na casa.

Porque é que ela não corria? Sorria? Gritava de felicidade? Porque é que não parecia feliz de estar em casa, comigo?

Fomos todos para a cozinha num silêncio incómodo. Era como se não nos soubéssemos como comportar.

- Então….

- Eu já fui à escola. – interrompeu-me ela – Já me inscrevi para o ano lectivo. Consegui uma licença para fazer o último ano aqui. Eu… eu estava à espera de puder ficar por aqui…

- Isso nem se pergunta querida! – disse espantada. Ela achava mesmo que nós não a íamos deixar ficar? – Acho que é melhor ir tratar da tua farda.

Ela sorriu levemente murmurando que já estava, era só ir buscar amanhã. Estava um ambiente tão estranho.

- Eu acho que vou subir… Tomar um duche. – disse ela levantando-se do banco onde estava sentada.

Eu levantei-me logo atrás.

- Claro, querida. Deves estar cansada. Porque é que a seguir não dormes um pouco e, depois vamos almoçar fora? Para comemorar a tua volta.

- Ok… eu acho… - sussurro ela.

Via a subir os últimos degraus. Virei-me encostando-me no abraço do Keisuke. Pequenas lágrimas escorriam-me pela cara enquanto ele me abraçava sussurrando pequenos carinhos e consolos. Ele próprio também tinha os olhos molhados. Era tão triste.

Solucei. Ela estava de volta. Finalmente.



Bati á porta levemente, entrado. Tinha quase medo de que tudo fosse uma ilusão, um sonho mas, não. Ali estava ela. Penteava o cabelo molhado cheio de ondulações. Tinha mudado de roupa. Envergava agora uma mini-saia de bailarina preta, umas botas pelo joelho, uma blusa de mangas compridas cinza, em malha com um top preto por baixo. Era estranho. Estava habituada á minha menina de á 5 anos atrás que sempre se vestia com cores. Desde de que ela chegara, só a vira de preto, e por aquilo que via no saco aberto essa, parecia ser a cor predominante do seu guarda-roupa. Isso entristecia-me um pouco.

-Já estás pronta?

Ela levantou-se, acenado lentamente. Olhei em volta, lembrando-me do pequeno ser cor-de-rosa que deveria pairar por ali.

-A Dódó? – perguntei. Devo confessar que ao descobrir sobre a magia e tudo o resto, passei-me de todo e, foi a pequena fada quem me ajudou mais, contando-me as mais mirabolantes historias.

- A dormir. – respondeu ela apontando para a bola cor-de-rosa pousada na secretaria.

Achei estranho um ser tão imperativo como a Dódó estar a dormir mas, enfim. Segui a Doremi até ao carro. Assim que entramos o Keisuke ligou o carro, conduzindo rua fora.

O ambiente era pesado. Olhei para trás pelo espelho. A Doremi olhava pela janela calmamente, sem mostrar nenhuma emoção mas, o que fazia mais impressão era o facto de estar sentada tão rigidamente. Costas direitas, pernas juntas, mãos cruzadas sobre o colo. Dava a sensação que não sabia estar descontraída, como se não o pudesse fazer. Impressionante, de uma maneira triste.

Chegamos ao restaurante. Entramos, avançando em direcção a uma mesa vazia ao canto. A jovem empregada de serviço, chegou perto de nós, entregando-nos a ementa e oferecendo água. Olhei para o menu tentado escolher:

- Então Doremi… Já sabem o que queres pedir? – perguntei sorrindo levemente enquanto lia.

- Ah…eu…

Levantei os olhos perante o tom dela. Olhando-a espantei-me. Tinha pela primeira vez, desde de que chegara, uma emoção a percorrer-lhe a face mas, não era felicidade. Era medo, receio. Ela estava assustada. Olhava em volta nervosamente, remexendo os dedos inquieta. Ia começar a falar, quando ela me interrompeu:

- Eu… eu não sei. Não me lembro… Eu… - ela levantou-se de repente, adoptado uma pose rígida virando a cara para o lado, escondendo a face com o cabelo. – Desculpem. Eu não vós quero estragar o almoço. Vou para casa. – e com isso virou-se começando a caminhar – Desculpem.

Eu e Keisuke ficamos quietos quando ela saiu pela porta

- Então já escolheram? – perguntou a jovem empregada sorrindo.

Ficamos os dois calados. Não tínhamos palavras para o que sentíamos. Onde estava a minha menina pequenina? Eu queria chorar. Ela parecia aquelas pessoas que depois de anos presos, simplesmente se esquecem de como viver, de como é que é ter a possibilidade de escolher. Sabia que o Keisuke pensava a mesma coisa. Sabíamos que isso era significativo mas, só de pensar nas possibilidades….

Não havia palavras…



Já era noite quando comecei a ficar desesperada. Desde de que tínhamos chegado a casa que ela ainda não tinha saído do quarto. Nem para jantar ela apareceu. Não que eu ou o Keisuke tivéssemos com cabeça com isso, mas preocupo-me.

Keisuke estava desesperado. Ela sempre fora a menina dos olhos dele e, vê-la assim magoava-o. Mas, ele tentava ser forte por mim. Porque sabia que eu precisava.

Bati à porta entrando sem esperar resposta. O quarto estava coberto de escuridão, extremamente frio. A Doremi estava sentada no parapeito da janela. Tinha as pernas encolhidas envoltas pelos braços. Parecia extremamente frágil. Lágrimas não derramadas pairavam nos seus olhos. Assim que ela me viu, tentou engolir o choro e restaurar a pose mas, não conseguiu.

- Oh… Doremi… - murmurei caminhado na sua direcção abraçando-a. Ela começou a tremer soltando pequenas lágrimas no meu ombro. Não deixava sair um som mas tremia compulsivamente agarrada a mim com todas as suas forças – Pronto querida… Já passou… Já estás em casa.

Continuei a embala-la enquanto ela chorava. Tinha tirado a camisola cinza e estava só de alças, gelada. Conseguia senti-la a engolir os soluços para não fazer barulho e, a tentar controlar o choro e… não conseguir. Era doloroso.

Eu chorava pela minha filhinha porque sentia que ela chorava por quem era, por quem não conseguia voltar a ser.

Ela acabou por conseguir se acalmar. Levantei-lhe o rosto carinhosamente. Apesar da face e expressão controlada, tinha os olhos de uma menina assustada.

- Conta-me Doremi. – pedi – Não me deixes assim. Conta-me por muito mal que seja.

Ela olhou para mim pensativa; por fim balançou a cabeça.

- Ela mentiu-lhe. – vendo o meu olhar completou – A rainha. Aquilo não era uma escola mãe. Era uma prisão, um campo de batalha, de treino. Eu não quero que imagines sequer como aquilo era!

- Então… porque…

- Porque nunca contei nada? – perguntou levantando a cabeça zangada – Eles controlavam os telefonemas para casa. Quando alguém tentava era convidado a passar uns dias na "caixa". – continuo com a voz a diminuir a cada palavra – Eu quis voltar. Muito. Sempre. Mas, não podia. Primeiro para sobreviver, depois para ajudar outros a sobreviver… Só o facto de eu estar aqui hoje significa que alguém está a sofrer e, isso é extremamente doloroso, mãe…

- Oh querida… - murmurei paralisada.

Ela levantou o rosto com os olhos molhados brilhando com uma prece poderosa. Um pedido:

- Por favor… por favor… Não me obrigues a contar-te…

Abracei-a, embalando-a como quando bebé.

- Pronto querida… Aqui ninguém te alcançará…
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSeg Out 25, 2010 2:48 pm

Hey....
Apesar de não ter muita mais resposta, decidi continuar a postar. Ando mesmo muito entusiasmada com a fic, por isso aqui vai!
Só mais uma coisa, quando não indico POV é porque é do Narrador.

2º CAPITULO - Como uma Deusa


O sol brilhava forte naquela manhã de Setembro. As ruas ressoavam os sons que há muito não ouviam e, os cidadãos mais idosos, sorriam indulgentes, abanado a cabeça ao som das conversas entusiastas, dos risos alegres e os gritos intermináveis de "Espera por mim" que os jovens, fardados, estudantes produzem perante o regresso às aulas. Era o típico 1º dia.

Na sala do 12A, os alunos juntavam-se nos seus grupos habituais. Grande parte dos rapazes, trocavam os seus cumprimentos ao redor de uma bola de futebol. Um grupo de raparigas, guinchavam entusiasmadas quando uma nova colega entrava na sala. Um grupo de duas raparigas, olhavam o grupo dos guinchos com desprezo enquanto se debruçavam sobre os livros de estudo.

A porta abre-se mais uma vez mais uma vez deixando passar um grupo de cinco raparigas. Grande parte da turma presente cumprimentou-as. A morena mais baixa acenou de volta corando levemente, enquanto tentava-se esconder atrás do cabelo mel. A mais alta de cabelo cortado á rapaz, completamente espetado, aproximou-se do quadro de avisos da sala, retirando um poster da mochila e prendendo-o com pins. Era um anúncio de um concerto no café mágico onde trabalhavam. Alguns colegas juntaram-se a ver, trocando algumas palavras com as raparigas.

Dá o toque de entrada e os alunos dirigem-se aos seus lugares. Todos estranharam a carteira a mais, no fundo da sala, no lado da janela. Para alguns era somente mais uma carteira, para outros, como o rapaz de cabelo espetado sentado à frente da carteira vazia, era uma recordação dolorosa.

Ele ainda conseguia ouvir os gritos de «Não, não!».

O professor entrou na sala, cumprimentado os alunos:

- Vá lá! A acalmar! – quando os últimos murmúrios acabaram, o professor de matemática continuou – Sejam bem vindos de volta! Todos prontos para as aulas? – os alunos sorriram amarelo – Pois… bem me parecia que não. Bem. – disse acenado para a porta entreaberta – Ponham um sorriso na cara e cumprimentem a nossa nova aluna.

A porta abre-se empurrada por uma mão fina e delicada. Uma madeixa de cabelo ruivo – cheio de nuances nos mais variados tons de cobre, provocadas pelo sol – dançava com o vento que a porta provocou. Uma figura pequena e delicada avançou.

O seu andar era como uma elaborada dança, e apesar de ainda só lhe terem visto o perfil, e a cara estar coberta pelo comprido cabelo, ela já era vista como uma deusa. O corpo curvilíneo da nova aluna, embora coberto pela mesma farda que todos utilizavam (saia de pregas preta, camisa branca, gravata vermelha e colete a combinar com a saia), fazia os alunos do sexo masculino endireitarem-se nas suas cadeiras, engolindo em seco enquanto fantasias povoavam as suas cabeças. O cabelo de aspecto sedoso e brilhante tecia inveja entre os elementos femininos.

Por fim ela parou quando alcançou a secretária do professor. Este dirigiu-lhe umas palavras em voz baixa fazendo-lhe um gesto com os dedos como se disse-se "vira-te para eles". Depois de entregar um papel a rapariga virou-se pela primeira vez para a turma.

O rosto parecia pintado para estar no tecto da capela sistina. O nariz delicado, a boca pequena mas generosa, o rosto oval comprido. Tudo nela parecia chamar, quase como um canto de sereia. Foi então que suspirando, ela abriu os olhos.

Metade da turma ofegou em silêncio, quando se depararam com olhos rosas de aspecto impenetrável. Muitos deles reconheciam esses olhos. Quatro raparigas espalhadas na penúltima e última fila, pareciam que a qualquer instante iriam saltar das cadeiras. Uma outra rapariga parecia que tinha acabado de ver um fantasma e alternava o olhar entre a aluna nova e a carteira vazia. O rapaz em frente à dita carteira respirava fundo, parecendo em choque. Um outro rapaz olhava interessando a pessoa na frente da sala, quase como admirado. As reacções eram diversas.

POV Professor

- Esta é a Doremi Harukase. – disse quebrando o silêncio – Creio que alguns de vocês a conhecem, pois ela andou na primaria muitos de vós. Acho que não preciso de disser que quero que acolham a vossa colega da melhor maneira. Queres dizer alguma coisa sobre ti própria? – perguntou dirigindo-se à aluna. Quando esta, mesmo sem o olhar acenou que não disse – Então nesse caso podes ir-te sentar. É a ultima…

Não tive tempo de acabar a frase, pois a aluna a quem me dirigia, já se dirigia para a carteira ao fundo da sala, serpenteado entre as carteiras. O cheiro a jasmim que provinha do cabelo comprido que ondulava atrás dela atingiu com toda a força o rapaz de cabelo espetado quando ela se sentou atrás dele. Assim que se sentou ela dirigiu o olhar para a janela ignorando todos os olhares que recebia.

- Ok… Agora que este assunto está resolvido, vamos a um outro assunto também bastante divertido: Teste-surpresa! – os alunos imediatamente esqueceram a ruiva e começaram a reclamar – Vá lá! É diagnóstico! Ou vocês vão me dizer que umas feriazinhas os fizeram esquecer toda a matemática? – sorri. Alunos seriam sempre iguais. Enquanto distribuía as folhas de teste os alunos reclamavam a alto e a bom som. – Quietos! – gritei por fim – Têm até ao final da aula, quando acabarem podem sair. E o teste começa dentro de 3… 2… 1… Agora!

Sorri enquanto me sentava na minha mesa. O cenário quando em teste era sempre igual: Suspiros, batuques de lápis, olhos desesperados a tentar perceber a questão em mãos, grunhidos, lápis e unhas roídos sem qualquer hipótese de salvação. Ah! O cheiro a medo de testes era quase afrodisíaco.

Enquanto me deleitava com esse pensamento dirigia o olhar entre os alunos. Mas o que é que se passava com a miúda nova? Nem sequer tinha virado a folha.

- Sabes… – disse chamando a atenção de toda a gente menos a miúda em questão – Hei! Tu! – gritei à miúda que por fim desviou o olhar da janela olhando para mim – O teste há de te correr melhor se olhares de facto para ele!

A miúda olhou-me sem qualquer expressão por uns segundos, observando-me e perscrutando-me o rosto. Depois surpreendentemente a sua boca formou um sorriso torto e os seus olhos brilharam quase como em desafio. Endireitando-se virou a folha de teste e percorreu-a rapidamente com os olhos, extremamente concentrada. Assim que acabou a leitura pegou no lápis e começou a resolver todos os exercícios, sem parar para pensar ou raciocinar. Ao fim de uns minutos ela pousou o lápis e levantando-se, chamando a atenção de todos – entregando-me o teste.

- Tens a certeza? – perguntei espantado.

- Se quiser pode corrigir.

Era a primeira vez que ouvia a voz dela. Era melodiosa, quase como sussurrada com um pequeno indício de sarcasmo. Era algo intimidador para falar verdade. Abanei a cabeça para me livrar da minha contemplação, e peguei na caneta vermelha enquanto me sentava à secretária.

Passei os olhos pelos exercícios concentrando-me. Ok. Aquilo era impossível! Voltei a rever os exercícios todos. Impossível! Estava perfeitamente consciente que o resto da turma olhava para mim. Não pode ser! Ela fez o teste em minutos! Eu vi! Não podia estar tudo certo! Mas, de algum modo, estava! Olhei para cima vendo-a a olhar para mim como se espera-se ordens.

- Tens… tudo certo… Acho que… estás dispensada.

Um suspiro comum percorreu a sala. Ninguém conseguia acreditar.

A miúda olhou-me inexpressiva e virando-se saiu pela porta, deixando o cabelo comprido dançar atrás dela.

Quem raio era esta miúda?
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeQua Out 27, 2010 2:51 pm

3º CAPITULO - Eu senti a sua dor

POV Emilie Fujiwara

Estávamos todas em choque.

Assim que ela saiu, todos aqueles que conhecíamos desde de a primária começaram aos sussurros. Nem o professor teve a energia de nos mandar calar. Também, não penso que conseguiria.

A Sophie fez-me sinal para acabar o teste depressa. Quanto mais depressa saísse-mos dali, mais depressa podíamos falar.

Respirei fundo tentando concentrar-me. Ora bem… Se juntar isto com este, então vai um, o que faz com que fique… AH! Mas como é que posso pensar nisso agora! Matemática não nos vai ajudar! Ok… Respira Emilie. Tu consegues!

Ao fim de uns dez minutos entreguei o teste. O professor ainda estava à volta do teste da… Doremi. Ele nem me ligou nenhuma quando pus o papel na secretária dele.

Saí.

Era uma cena que já não via há algum tempo. A Sophie andava de um lado para o outro pelo corredor fora. A Nicole olhava pela janela com aquela expressão de "rainha de gelo" que há tanto não víamos. A Momoko estava sentada no chão de pernas cruzadas e de olhos fechados, enquanto murmurava algo muito parecido com "om" repetidamente.

- Sophie?

- Agora não! – rosnou ela enquanto dava mais uma volta no corredor.

Sentei-me ao lado da Hanna. Ela estava um caco. Não dizia nada, não chorava e a sua face não trespassava nada. Mas, o ligeiro movimento de para frente, para trás que ela fazia, mostrava o quão mal estava com a situação.

- Sophie…

- Como é que ela pode ter voltado! – explodiu ela por fim.

A Momoko abriu os olhos levantando-se para tentar acalmar a Sophie.

- Sabes, devias mesmo experimentar o yoga, havia de te fazer bem… - disse ela. Ao ver o olhar assassino que recebia reformulou – pois… Não é a melhor altura. Bem. Se calhar devíamos falar com a Bibi.

- Sim. – disse a Nicole, afastando-se da janela – Devíamos ir à procura dela.

Elas dirigiram-se todas para as escadas. Levantei-me, pegando no braço da Hanna para ela vir connosco.

- Vá lá Hanna.

Apressei-me a chegar perto delas, enquanto puxava a Hanna atrás de mim. Fomos descendo até chegarmos ao rés-do-chão onde eram as classes do oitavo grau. Agora era só procurar a Bibi.

- Hei Bibi!

O que na verdade não foi assim tão difícil. A rapariga de cachos cobre virou-se com o grito da Sophie, com os olhos interrogativos.

- Olá meninas. O que é que estão aqui a fazer? – A Sophie chegou-se perto dela e agarrando-a pelo braço encostou-a à parede – Olá Sophie, estou a ver que necessitas de conversar. – disse cuspindo as palavras cheias de sarcasmo.

- Deixa-te de tretas Bibi, e explica-me já porque não avisas-te que ela estava de volta? – rosnou novamente a Sophie.

- Sabes, eu posso ser um génio, mas ainda não sou vidente.

- Sophie tem calma… - tentou a Momoko.

- Deixa-te disso, e responde! – gritou por fim a Nicole – Pará de a tentar proteger!

- Nicole, Sophie, isto não é maneira… - tentei.

- Proteger quem?

Todas viramo-nos para a ruiva acobreada. Ela olhava directamente para a Hanna que ainda não tinha dito nada e que tremia cada vez mais.

- O que é que se passa? Proteger quem? – repetiu a Bibi.

- Ela! – disse por fim a Sophie largando-lhe o braço – A tua irmã!

Os olhos rosas dela alargaram-se em choque.

- O quê?

POV Bibi Harukase

Ela estava de volta? Ela não podia estar de volta! Como é que ela podia estar de volta? Ela não pode estar de volta! Porque é que voltaria sequer? Ela não está a viver em casa pois não? Os pais não podem ter aceitado pois não? A mãe aceitou-a? Ela estava de volta?

- Ela está de volta?

As meninas olharam para mim espantadas. A Sophie olhou-me espantada antes de me agarrar novamente no braço, encostando-me à parede.

- Para de fingir Bibi! Como é que não haverias de saber?

- Para tua informação, eu não estou em casa desde sexta… Acampamento de turma, o fim-de-semana todo…

- Não telefonas-te para casa? – perguntou a Nicole.

- Só uma vez…

Realmente a mãe parecia, feliz…algo transtornada, mas feliz!

- Mas como é óbvio não foi assunto que a minha mãe discutisse comigo ao telefone.

- Mas… - gritou novamente a Sophie.

- Já chega!

Todas nos viramos para a Emilie. Ela continuou.

- Não vale a pena continuarmos com isso. Obviamente a Bibi não sabia nada acerca do assunto e, não vale a pena estarmos a castiga-la por isso. Hoje à noite, podemos ir visitar a Rainha se quiserem mas, por agora o assunto terminou!

Não podia concordar mais com ela. Mas, não conseguia parar de pensar… porque é que ela tinha voltado?

O barulho do corredor aumentou de repente. O toque de entrada já se tinha dado e, nós nem sequer tínhamos dado conta que o intervalo havia começado, quanto mais terminado. Elas olharam umas para as outras quando o barulho aumentou ainda mais. Olhamos para o final da escadaria, onde três rapazes pareciam brigar uns com os outros, enquanto seguravam em flores. O assunto da briga não se percebia, pois os únicos gritos perceptíveis eram os de "Eu cheguei primeiro!". De repente o que parecia mais quieto deu uma cotovelada aos outros, dois, fazendo-os calar. Os três viraram-se então para porta, sorrindo enquanto seguravam as flores na mão. Olhei também, para ver o que era que tinha o poder de fazer rapazes pararem de brigar.

Nesse exacto momento, uma ruiva passava pela porta. Mas não era qualquer ruiva… Era…

- Dó?

Assim que deixai escapar o meu murmúrio, a Doremi parou de caminhar. Enquanto os rapazes de antes avançavam ajoelhando-se e falando, enquanto lhe tentavam oferecer as flores, ela virou a cabeça devagar para mim.

Ela estava tão diferente… Mesmo depois de tudo o que se tinha passado, os olhos dela ainda mostravam alguma coisa, felicidade, tristeza, dor… Agora, nada! Era como se a alma dela não estivesse presente. Era como se, ela não estivesse lá.

Enquanto me perdia nestes pensamentos, sentia-a a olhar para mim. Sentia o poder do seu olhar, enquanto este percorria cada pedacinho do meu rosto. Depois ela finalmente olhou-me nos olhos. Dei o passo atrás involuntário. Eu… ela… Eu senti!

- Está tudo bem Bibi? – perguntou a Momoko.

Olhei para ela para lhe responder que sim, virando-me outra vez na direcção da minha irmã. Mas, ela já não olhava para mim. Pegando nos ramos de flores que lhe eram oferecidos, ela murmurou qualquer coisa aos rapazes e, sem olhar na minha direcção novamente, começou a subir as escadas, seguida pelos três rapazes, sem olhar para trás.

- Ok… - murmurou a Nicole – Isto foi esquisito.

Sim. Esquisito. E ainda mais esquisito, porque eu senti!

Eu senti a sua dor.
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSex Out 29, 2010 5:06 pm

Proximo capitulo

4º CAPITULO - Vou queixar-me a... alguém!

POV Momoko Asuka

Era oficial! O Mundo enlouqueceu!

Primeiro, a Doremi volta sem avisar ninguém e, assustando meio mundo.

Depois, a Bibi não faz a menor ideia de que a Doremi – a sua própria irmã – tinha voltado.

A seguir, durante o resto da manhã a Doremi surpreende toda a gente por ser extraordinária em qualquer disciplina, surpreendendo ainda mais com a falta da capacidade de ter uma conversa, com um ser humano.

Ainda, há factor "és rapaz estás a arrastar-te pela aluna nova, a.k.a. Doremi" que deixa qualquer rapariga no raio de 2 quilómetros a enlouquecer de inveja.

E, finalmente, o refeitório finalmente aceitou a minha sugestão e fez uma comida especial para celebrar o dia de hoje, como o primeiro dia de aulas.

Quando é que o Mundo como nós o conhecemos acabou e ninguém me avisou? Vou queixar-me a… alguém!

AU! Olhei para a Emilie fula da vida. Porque é que ela me tinha espetado o lápis na coluna? Aquilo dói!

- Então Miss Asuka?

Virei-me para o professor de japonês, subitamente muito consciente das minhas bochechas vermelhas.

- Ah….Pode repetir a pergunta?

- Miss Asuka… EU ESTOU A CHAMAR POR SI À MEIA HORA!

- Pois…. Porque é que o professor não se acalma? Respirar fundo e assim. Se calhar até podia experimentar yoga! – retorqui feliz. Atrás de mim, ouvi a Emilie a bater na própria testa.

Respirando fundo o professor olha para mim extremamente sério:

- Se calhar, Miss Asuka, você possa usar essa sua yoga, para se concentrar NA MATÉRIA EM MÃOS!

A turma toda deixou soltar um risinho… Pois! Rir-se da desgraça alheia era muito engraçado! Ok, Momoko, respira! Para dentro e para fora! Isso, tal e qual como no yoga!

Yoga era mesmo bom, não sei porque não consigo convencer as meninas a irem comigo… É tão giro! Mas não! São todas tão sérias e tão "meninas bonitas" que nem conseguem ver aquilo que está mesmo à sua frente! Como a Doremi!

Era muito bonito, dizer que estavam zangadas com ela, que ela não tinha direito de voltar. Que ela não podia voltar. Era muito bonito dizerem como isto era tudo muito errado! Parvas, era o que elas eram! Chamavam-se a si mesmas as "melhores amigas da Doremi" mas depois, ela volta e elas nem têm a decência de olhar sequer para ela. Acham que sabem tudo mas só sabem olhar para a linda imagem que a Rainha lhes meteu na cabeça.

Como é que elas podem não olhar para ela? Porque é que elas preferem acreditar nas coisas que alguém lhes diz a olhar sequer para ela?

Eu sei que a Bibi viu. Ela viu o que eu também vi. Ela viu o vazio.



- Hei! Miss!

Virei-me para o simpático casal idoso que estava na minha mesa. Sorri. Eles eram habituais e adoro a história do amor deles. Estavam juntos há 50 anos, desde que se conheceram num cruzeiro. Tinha sido paixão à primeira vista e, desde de que o café mágico abriu, todas os dias vinham passar um pedaço da tarde aqui.

- Deixe-me adivinhar… Café e talvez uma das deliciosas tartes de cerejas?

- Parece-me excelente querida! – respondeu a idosa, sorrindo.

Eles eram tão queridos!

Fui até ao balcão passando o pedido para a Sophie que hoje estava de serviço.

- Tudo bem? – perguntou ela, metendo o pedido numa bandeja para me entregar.

- Sim. Vocês aguentam-se por aqui, certo?

- Claro! Vai ajudar a tua mãe e não te preocupes connosco.

- Ok! Nesse caso este é a minha última entrega.

Voltei à mesa do meu casal favorito! Ah! Eles eram tão queridos! Cinquenta anos depois e ainda seguravam mãos como namorados!

Entreguei os cafés e sobremesas, rindo quando os vi corar quando me aproximei. Virando-me, fui para os fundos do café que era a parte que era só nossa. Assim que estava sozinha, bati palmas trocando o meu uniforme, pelo uniforme da escola.

- Já vais sair?

- Tenho de ajudar a minha mãe Layla. – disse pegando na minha mala, caminhado para a saída – Não te preocupes que eu avisei a Mahorika!

- Ok. Adeus!

Corri até à saída, acenando ao meu casal de idosos queridos. Tenho mesmo de ir ajudar a minha mãe a arrumar a casa para a visita dos avôs.

Assim que cheguei à rua, e contornei a esquina comecei a abrandar. Talvez pudesse cortar caminho pelo parque. Estava um dia tão lindo. Só me apetece apanhar sol e cheirar as flores! Sim… Era exactamente isso que ira fazer. Virei à esquerda, caminhado para o parque. A minha mãe com certeza não se importaria de esperar mais um pouco.

Cheguei ao parque. Suspirei respirando o perfume que as flores exalavam. Aqui respirava-se pura paz…

Um vendedor de gelados passeava pelo parque. Parei-o comprando um de limão, o meu favorito. Umas crianças brincavam de apanhada, correndo pelo parque, um casal de namorados, declaravam-se sentados num banco de jardim, um idoso sentado perto da fonte dava festas a um pequeno cão. Ali estava! Ali estava a vida a decorrer!

O sol queimava-me o nariz quando passei pelo parque infantil. A estas horas estava quase vazio, tirando as duas crianças que trepavam a uma casa de árvore. Ah… Eu lembrava-me de fazer isso com elas. Era tão divertido. De repente um barulho metálico chamou a minha atenção.

Sentada no baloiço estava nem mais, nem menos que Doremi Harukase.

Era uma imagem avassaladora. Ela tinha o cabelo solto a cair-lhe pelos ombros abaixo, escondendo o rosto abaixado. As pernas davam um impulso mínimo dando um leve movimento ao baloiço. O ar perto dela era pesado, triste, era como se não houvesse motivo de felicidade.

Eu não me recordava de uma única vez que tenha sentido isso perto dela. Como é que em cinco anos ela mudou tanto?

Aproximei-me um pouco mais, encostando-me á primeira árvore que vi. O meu coração doía ao vê-la assim. Ao ver a minha primeira amiga daqui a sofrer assim. Eu gostava de saber o que a fez ficar assim.

Eu nunca realmente acreditei na história que a Rainha nos contou da escola especial de poderes. A Doremi que eu conhecia nunca faria uma cena como aquela por ir para uma escola super-fixe. Não! Ela iria, contente em apreender a controlar-se. Ela nunca faria uma cena por ir aprender a controlar aquilo que ela nunca gostou em si. Não! E, além disso se é uma escola assim tão especial, porque é que o resto de nós não fomos? Nós também temos poderes especiais… Não! Não consigo acreditar nas histórias da Rainha.

Olhei para o céu e com um movimento de olhos fiz descer um raio perto dos pés dela.

Ela levantou a cabeça de repente, olhando para o buraco no chão antes de começar a procurar-me. Olhamos uma para a outra sem desviar o olhar. Era uma batalha. Eu queria desvendar o vazio dos seus olhos e, ela queria esconder tudo de modo a não me mostrar nada.

Nenhuma de nós queria desviar o olhar mas, por fim não aguentei mais. Já não aguentava todo o vazio. Ela acenou com a cabeça numa espécie de sinal de respeito.

Sorri levemente e, virando costas comecei a caminhar para fora do parque. Ela não se esqueceu. Ela lembrava-se das nossas conversas, da nossa maneira especial de comunicar com o olhar. Ela não estava completamente perdida.

Ajeitei a mala no ombro. Eu não sei o que se passou realmente, mas irei descobrir! Enquanto me recordar dos seus gritos, eu irei querer saber. Enquanto me lembrar do seu ar assustado…

FLASHBACK (5 anos atrás)

- Hei! Dó! Vamos jogar? – perguntou a Sophie com a bola de basquete na mão.

Eu levantei-me e olhei para a Doremi a suplicar-lhe para vir jogar. Eu gosto de basquete mas a Sophie é um bocado assustadora quando a Doremi não está a jogar, de modo a não conseguir impor respeito.

Ela sorriu pegando na minha mão estendida.

- Só um jogo, ok Momoko? Ainda quero ir ao bar antes da aula.

Sorri-lhe acenado com a cabeça. Não me importava mesmo nada com isso. Até gostava da ideia do bar. Talvez tivessem torta de limão…. Nham….

- Finalmente! Estava a ver que as tinha de ir buscar! – gritou a Sophie atirando a bola na direcção da minha cara. Já tinha fechado os olhos á espera do impacto quando a Doremi apanhou-a olhando para a Sophie com o seu olhar de "porta-te bem".

Pusemo-nos em posição. Por ser das mais altas fui para o ressalto com a Sophie. Mayday, Mayday! Ela era uma adversária perigosa!

Atiraram a bola, nós saltámos e COMEÇOU O JOGO!

Estávamos todos divertidos sem nos importarmos muito com o resultado (menos a Sophie mas a Doremi dava-lhe uma cacetada na cabeça, de quando em quando, a ver se ela ganhava juízo) quando, de repente tudo parou.

Olhámos para a pessoa que segurava a bola e ficamos todos espantados ao ver a Doremi a segurar a bola como se fosse uma bóia salva-vidas, com os olhos arregalados de medo.

Tentamos ver o que lhe fazia tanto medo mas só vimos dois homens de fato preto á entrada da escola a olharem para ela, enquanto avançavam na sua direcção. Não havia razão de ter medo pois não?

Assim que os dois homens estavam a uns 15 passos dela a Doremi, como que se acordasse, começou a correr na direcção oposta largando a bola. Os homens rapidamente começaram a correr atrás dela, apanhando-a em menos de um minuto.

O homem mais alto pegou-lhe na cintura, tentado desviar-se dos murros que ela lhe tentava dar, o outro homem apenas murmurou qualquer coisa enquanto se desviava dos pontapés que ela atirava ao ar. Ao mesmo tempo uma carrinha preta reluzente parou á entrada do pátio e uma mulher, também de fato preto, saiu abrindo a porta detrás.

O que segurava na Doremi começou a andar, ignorando as cotoveladas, murros e pontapés que ela dava. O outro homem pegou num dos braços dela e instantaneamente ela parou de lutar. As pernas e braços ficaram caídos como se tratasse de uma boneca de trapos. O mais alto suspirou agarrando-a melhor enquanto caminhava mais rápido na direcção do carro.

- Não! Por Favor Não! Não! – gritou ela com os olhos cheios de água.

A mulher de preto aproximou-se deles, acenado para a porta de trás da carrinha, enquanto ela e o outro homem se dirigiram para os lugares da frente. O mais alto que segurava a Doremi encaminhou-se para a porta detrás largando-a no banco.

- Não…Não! Não, deixa-me ir! Não! Não! NÃO!

Abanei a cabeça para me ver livre da memória. Aquele foi o dia mais assustador da minha vida. Assim que a carrinha tinha começado a andar, todos no pátio começaram aos berros e outros correram á procura de professoras.

Mais tarde disseram-nos que a Doremi tinha sido mandada para um colégio interno muito bom, mas que por alguma razão que ninguém percebia ela não queria ir. Alguns acreditaram, mas muitos duvidaram. E, quando a Rainha nós contou a "verdade" eu duvidei ainda mais. A Hanna também não acreditou, mas o resto das meninas acreditaram todas. Até mesmo a própria irmã preferiu acreditar em estranhos.

Era doloroso ver o quão mal elas a conheciam. O quão elas a julgavam.

Eu não a conheço há tanto tempo como elas mas, acredito que existe algo mais nesta história. Acredito que existe algo mais. Eu acredito que ela é algo mais. Eu acredito que a verdade está por aí.

E eu… Eu hei-de descobri-la!
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Nov 06, 2010 8:32 pm

Um pouco triste Sad de não haver ninguém a comentar, mas não desisto assim tão facilmente!
tongue
Aqui vai o proximo capitulo!

5º CAPITULO - Blasfémia

POV Bibi Harukase

- Mãe! – gritei assim que passei pela porta de entrada.

- Mãe! – gritei mais uma vez enquanto tirava os sapatos.

- Mãe!

- O que foi Bibi!

Assim que ouvi o berro que a mamã deu respirei fundo. Para ela ter aquela voz irritada era porque a Doremi não tinha ainda chegado. O que significa que posso conversar com ela seriamente!

Como é que ela a pode aceitar de volta?

- Ah, mãe ainda bem que tas em casa! – exclamei enquanto passava a porta da cozinha – Estava mesmo a precisar de falar conti…

Não podia ser!

- Dó!

A minha irmã estava sentada na ilha da cozinha a ajudar a cortar cenouras! Como é que a mãe podia estar ao lado dela?

- O que é que ela está a fazer aqui!

- Bibi! – a mãe gritou – Maneiras! Isso não é maneira de falar com a tua irmã!

- Mas mãe!

- Mas mãe, nada!

- Mãe! Ela não pode estar aqui!

- Bibi Amanda Harukase!

- Eu acho que vou lá para cima…

Eu e a mãe desviamos os olhos uma da outra, saindo da discussão, ao som do murmúrio da Doremi, vendo-a escorregar do banco onde estava dirigir-se à porta.

- Doremi espera!

Olhei para a minha mãe espantada, por ela a tentar impedir de se ir embora. O quê?

A Doremi abanou com a cabeça e a mãe parou abraçando-se ao vê-la ir. Depois virou-se para mim franzindo os olhos:

- Bonito Bibi!

Desculpem!

O quê!



POV Narrador

O toque da campainha da porta ressoou na residência Harukase. A porta da rua abriu bruscamente.

- Entrem meninas! – exclamou a Bibi acenando nervosamente com as mãos.

- Está tudo bem Bibi? – perguntou a Emilie enquanto entrava e pendurava o casaco de malha no cabide.

- Sim. Estás um pouco estranha! – exclamou a Sophie olhando-a nos olhos enquanto a Momoko e a Nicole entravam na casa.

- Não! Eu estou bem! – exclamou enquanto acenava exageradamente com a cabeça que "não".

- Bibi… tens a certeza que está tudo bem? – perguntou novamente Emilie ignorado os claros acenos de "não" e "corta" da mais nova.

- Ah! Meninas! Entrem! Não fiquem aí na entrada!

Ao som da voz da "mamã" Harukase, o grupo entrou na cozinha, para o habitual jantar de primeiro dia de aulas, enquanto a Bibi arrastava-se atrás delas murmurando algo como "Eu tentei…"mas, todas param de repente ao visualizar uma cabeça vermelha a mais no aposento.

- Ah! Olá Doremi! – exclamou a Momoko ganhando olhares das outras quatro e um aceno do alvo do seu cumprimento.

- Noite. – ela murmurou em tom de saudação, enquanto acabava de pôr a mesa.

- Vá meninas! Não se acanhem! Sentem-se!

O senhor Harukase que já estava sentado à cabeceira da mesa, convidou-as a juntar-se a ele com um gesto de mão.

- Vocês hoje estão estranhas meninas…. – disse – Aliás, onde está a Hanna?

As meninas sentam-se nos lugares que já eram habituais.

- A Hanna não se estava a sentir muito bem. O senhor Keisuke já sabe como ela fica quando volta às aulas…. Exagera sempre…

- Claro! Como me pude esquecer Nicole! Se fosse de outra forma nós estranhava-mos, não é verdade Doremi?

A ruiva levantou a cabeça do prato que servia, acenado levemente com a cabeça. Depois virou a cara levemente, tornando a sua face invisível ao seu pai, enquanto entregava o prato à Emilie – "pois… exagero das aulas….". Ao sussurro a morena deu um pequeno salto.

- Bem! Agora que estão todos servidos, por favor comecem! Não se acanhem! – disse a "mamã" Harukase, sorrindo.



POV Nicole Segawa

- Este foi o jantar mais bizarro da minha carreira! – exclamei atirando-me para cima do puff branco do quarto da Bibi.

- Eu acho que ela quer dizer da sua vida. – disse a Emilie enquanto se sentava na beira da cama da Bibi.

- Bem seja o que for, este jantar foi muito estranho… Concordo contigo aí Nicole! – exclamou a Sophie andando de um lado para o outro, cerrando cada vez mais a volta – Aliás Bibi! Porque é que não avisas-te que ela estava cá?

Ergui a cabeça, apoiando-a nos cotovelos. Sim… Porque é que ela não tinha dito nada? Nós temos o direito de a ignorar-mos friamente como ela merece e, não só o ignorar socialmente permitido num jantar com a família… A Bibi tem muito de explicar!

- Eu tentei! Vocês ignoraram todos os sinais que vos fiz!

Ela fez sinais?

- Tu fizeste sinais? – perguntou a Emilie confusa.

- Argh! Emilie! – exclamou a pequena cabeça vermelha – Tu és suposto seres o cérebro das mais velhas!

- Tu é que és o génio… Génio! – resmunguei. Nós não tínhamos de ver tudo o que a pequena miss "eu sou inteligente" faz…

- Argh!

Sabem… Ela podia dar uma boa actriz! Com gestos dramáticos assim há-de chegar longe!

- Vá lá meninas acalmem-se. – disse a Momoko. Espera! Donde é que ela apareceu? – Não é como vocês possam fazer alguma coisa. A Doremi está de volta! Vocês deviam era estar contentes!

Eu, a Emilie, a Sophie e a Bibi ficamos a olhar para ela. Ela achava mesmo que nós íamos ficar… Hei! Espera aí!

- Estás enganada!

Elas ficaram todas a olhar para mim.

- Nós podemos falar com a Rainha!



POV Bibi Harukase

Acenei o adeus às meninas. Já era hora de elas irem para casa, e já tínhamos discutindo acerca do que fazer. Estava tudo resolvido!

Virei-me fechando a porta. Assim que me virei dei um pequeno grito ao ver a minha irmã a centímetros do meu rosto.

- Assustaste-me! – gritei.

- Vão falar com a Rainha? – perguntou ela em voz baixa.

- Sim! Tu não tens nada de estar aqui! Aliás, tens algum recado para a Rainha?

Ela olhou para mim fixamente. Os olhos escureceram, ficado num tom negro opaco. Recuei encostando-me à porta. Por fim ela respirou fundo:

- Diz-lhe para ir para o Inferno.

Abri a boca em horror! Isso era blasfémia! Ela não podia dizer tais coisas acerca da nossa Rainha! Dei-lhe um encontrão, fugindo dela mas, antes de conseguir executar o meu plano, uma mão agarrou o meu braço fortemente, fazendo-me parar.

- Eu… - sussurro – Eu se fosse a ti não ia ter com a Rainha…
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeDom Nov 07, 2010 1:19 pm

Misa-chan desculpa só agora ter visto a tua fic!

Acabei agora de a ler e adorei!

A Doremi está tão diferente OMG e a bibi tá-se a armar em pega XD

Nunca pensei que o grupo fica-se assim, tão idiota! A Momoko ainda se safa. Agora a outras... -.-'

Adorei aquilo da Nicole a confundir vida com carreira XD

Bem, fico à espera do próximo capítulo!

Beijinhos ^^
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSeg Nov 08, 2010 9:42 pm

OI Mafafaa!!! Bgd por ler minha fic!!
Eu disse que ia agitar as coisas um pouco e a Doremi ainda tem muito pela frente.
Digamos que quanto à Momoko ela é uma menina esperta (e não te esqueças da Hanna)
Pois... a Nicole... o que é que eu ei de dizer Razz Eu tenho meio essa ideia da Nicole (e sim apercebi-me que é o teu avatar e assinatura, sorry por isso).
BGD por comentares e espero que gostes deste capitulo!
Bacci!


6º CAPITULO - Chamaram?

POV Doremi Harukase

Já me havia esquecido como o ensino mortal era mundano. Como tudo era tão fácil e de como os estudantes eram tão fúteis com os seus rótulos de "popular", "marrão", etc... Eles que não aguentariam nem 5 minutos na minha realidade. Mas, apesar disso tudo, era um melhoramento. Isto era o paraíso para qualquer um de nós.

Cheguei ao portão principal da escola preparando-me mentalmente para os idiotas dos rapazes que pareciam não entender as indirectas. Ainda assim preferia as idiotices que eles tentavam para, obter a minha atenção que, o ciúme doentio de algumas raparigas. Quem diria que a Reika Tamaki ainda hoje teria ciúmes meus? Inacreditável.

- Doremi!

- Harukase!

- Beleza!

Boa… Só o que me faltava. Dei um meio sorriso aos três idiotas que me estendiam flores. Arhg! Rosas… Tirei-lhes as flores das mãos continuado a andar. Quando é que apreenderiam que Rosas não figuram entre as minhas favoritas?

Encontrei a Marina que ainda adorava flores e que estava neste momento a olhar para um canteiro dizimado. Roseiras; obvio.

- Marina.

A morena levantou os olhos vendo as rosas na minha mão.

- Pois desculpa por isso. O idiota 1, 2 e 3 acharam por alguma razão que eu iria gostar disto. – disse apontado com a mão para os três retardados que me perseguiam, entregando-lhe as rosas.

- Cambada de Idiotas. Elas ainda estavam a abrir! – exclamou ela de pé, fazendo um ar ameaçador na direcção do grupo. – Ah… Obrigada Doremi.

Dispensei o cumprimento com a mão, dando um meio sorriso. Tinha saudades de falar com pessoas que não estivessem aterrorizadas comigo.

A Rainha tinha-me tirado isso.

Continuei a andar entrado na escola. As escadas estavam repletas de pessoas que pareciam gostar de atrapalhar o trânsito. Havia duas raparigas que assim que me viram começaram logo aos sussurros. Adorável.

Cheguei à sala do 12A, abrindo a porta e ignorado todas as pérolas que os rapazes ainda tentavam mandar. Abri caminho entre os grupos histéricos de raparigas utilizando o meu olhar gelado e alcancei finalmente a minha carteira.

- Harukase. – cumprimentou o Yada com um aceno de cabeça, Kotake fez o mesmo.

Acenei de volta sentando-me atrás do último. Conseguia notar o ar teso do Kotake. Porquê? Ele não tinha medo de mim. Pois não? Ele olhou para trás quando o Yada fez um comentário qualquer e vi os seus olhos azuis-claros escurecerem um pouco. Virei a cara para a janela escondendo-a com o cabelo. Eu conhecia aquela expressão. Já a vira muitas vezes. Na própria cara.

Ele não tinha medo… Ele tinha receio. Bolas.

A professora de História entrou na sala fazendo os alunos todos levantarem-se na normal vénia de respeito.

Voltamos a sentarmo-nos. Olhei em volta, curiosa pela falta dos comentários já habituais das meninas. Desde daquele jantar "cerimonial de 1º dia" que elas não se poupavam na sua campanha contra mim. Elas eram ainda piores que as idiotas da escadaria. Sabia que a Momoko e a Hanna se haviam recusado a entrar nisso o que não parecia faze-las parar. Eu via o olhar da Hanna. Gostaria de puder tomar as suas dores. Uma menina de 8 anos não deveria passar por isto.

Dei um pequeno sorriso triste. Era excelente se isto fosse o pior que ela passa-se. A idade não era realmente relevante no mundo donde vinha.

De qualquer forma, divagar em pensamentos não me ajudaria a descobrir porque é que nenhuma cá está hoje.

Olhei em frente tentado concentrar-me nas palavras da professora. Uma coisa completamente inútil já que os miúdos do infantário sabiam mais de História do que ela.

Revirei os olhos ouvido o último acrescento histórico que a professora fez. Ridículo! Voltei a tentar focar a minha atenção à idiota que proclamava que a 1ª guerra mundial foi em 1994.

De repente um ponto azul brilhante tomou a minha atenção. Era como uma pequena estrela fugaz que pairava sobre a cabeça dos alunos da primeira vila parecendo procurar por alguém. Ninguém realmente parecia reparar naquilo. Tinha que ser magia. Mas o quê?

O ponto parou começando a flutuar na minha direcção. Uh-uh. Problemas!

Assim que o ponto me alcançou, deixando atrás dele um trilho de partículas azuis como jóias, o seu brilho aumentou.

O fundo da sala começou a desvanecer-se, com as cores a misturarem-se todas numa espécie de névoa. O brilho do ponto aumentou ainda mais, fazendo a névoa esbater até tudo o que conseguia ver era branco.

No momento seguinte tudo desapareceu e eu? Estava em pé em frente ao conselho. Maravilhoso…

- Chamaram?

Ouviu-se um "Oh!" horrorizado de todas as bruxas que pertenciam ao conselho. "Sinceramente o que esperavam elas ouvir?" pensei arqueado a sobrancelha.

- Doremi Harukase! Estás aqui em audiência na corte de vossa majestade a Rainha das Bruxas por acusações de blasfémia. Alguma coisa a dizer em tua defesa? – gritou a MajoHearth.

Olhei em volta, vendo 6 vultos muito conhecidos. Claro! Revirei os olhos. "Isto havia de ser giro", pensei enquanto ria sarcasticamente fazendo algumas bruxas encolherem-se e a MajoHearth gritar mais uma vez.

- HARUKASE!

- Mudaram de decoração? – ao ver o ar espantado da bruxa ela riu mais uma vez – Talvez devesse mudar o seu manto Hearth. Umas cores mais alegres não lhe fariam mal!

A MajoHearth gritou mais uma vez:

- Vejam como ela dispensa as nossas tradições! Aliás porque não usas o teu manto cerimonial?

- Não me apetece realmente. - o olhar a MajoHearth era de morrer a rir.

Uma outra bruxa exclama:

- O manto de cores escuras é tradicional, pois é símbolo de respeito para com a magia. Nós somos apenas o instrumento. A nossa magia é que deve brilhar.

- Snif, snif… a sério! Eu agora fiquei emocionada. – exclamou com uma careta, fazendo um ar sério em seguida "elas sabem perfeitamente porque não uso o meu manto" – Acham mesmo que é um bando de palavras poéticas que me interessam?

Atrás dela ouviu "Mas se isso é verdade, porquê é que os fatos de aprendiz são às cores?" da Emilie.

Doremi revirou os olhos:

- Óptimo! Excelente! O vosso precioso concelho nunca pensou em ensinar nada de jeito às suas estudantes?

A MajoHearth abriu os olhos e a boca sem saber exactamente o que responder, porque isso era verdade.

Doremi revirou novamente os olhos, virando costas ao concelho (o que só as fez ficar ainda mais irritadas) e virou-se para a Emilie:

- Os fatos das aprendizas são de cores, pois ainda estão a tentar encontrar a sua magia. Como vocês deviam saber – alfinetou o conselho – a nossa magia é como uma impressão digital. Quando eu executo um feitiço formo uma aura cor-de-rosa. – disse demonstrado fazendo aparecer um coelho de fumo cor-de-rosa em frente delas com um aceno de mão – Da mesma forma que quando tu executas um feitiço aparece uma aura laranja. Quando éramos aprendizas os nossos fatos eram cor-de-rosa e laranja, respectivamente, como um indicador de como deveria ser a nossa magia. Era apenas uma ajuda. Era um indicador do teu caminho e do teu progresso.

Respirei fundo irritada com o olhar atento que elas tinham. O conselho não podia ter realmente lhes ensinado isto?

- Antigamente quando o sistema de aprendizas ainda estava no inicio a passagem para o manto escuro era uma cerimonia importante pois era quando e como a mestra apresentava a sua aluna à comunidade como uma bruxa activa e útil á sociedade. Havia ainda uma teoria que afirmava que a cor da nossa aura era indicativo de uma habilidade em particular. – respirei fundo virando-me novamente para o concelho mostrando-lhes um sorriso sarcástico – Mas, que sei eu? Afinal aprendi isto tudo sozinha.

- Sempre foi uma insolente! – gritou MajoRika que estava sentada perto das meninas. Ignorei-a.

- Acalmem-se minhas queridas.

Imediatamente todas presentes naquela sala se levantaram apressando-se a ajoelhar na vénia à Rainha.

Deixei-me estar em pé, cruzando os braços e arqueado a sobrancelha. Incrível! Tinha todas na palma das suas mãos.

- Ajoelha-te insolente! – gritou a MajoHearth.

Não me mexi. Estava demasiado ocupada a olhar fixamente para a Rainha. Ela era a culpada de tudo.

- Ajoelha-te já te disse! – gritou mais uma vez a bruxa lançando-me um encantamento ,o qual desvie com um movimento de mãos espantando toda a gente.

- Não me ajoelho perante inferiores.

O silêncio reinava na corte. Ninguém esperava uma resposta daquelas. Ninguém se lembrara sequer de erguer a mão para tentar um feitiço contra mim, a miúda insolente! A Rainha sentou-se no seu trono olhando-me fixamente.

- Porque dizes isso, querida Doremi?

Ri-me. O som dos meus risos ecoava nas paredes silenciosas da corte.

- Isso foi uma piada e peras. Não sabia que o tinha em si Rainha!

O conselho suspirou. Ninguém se deveria dirigir a vossa majestade assim.

- Miúda, tu estás tão tramada! – exclamou uma bruxa do conselho sem se conseguir conter.

- Calma. – todos se calaram à palavra da Rainha – Porque estás tão chateada?

Ergui a sobrancelha. Ela não estava a falar a sério pois não?

- Você não está a falar a sério pois não? Quer que eu comece por onde? Hoje que fui arrastada da minha maravilhosa aula para ser acusada de deus sabe lá o quê ou de à 5 anos atrás quando me mandou raptar para me levar para aquele buraco de inferno?

- Eu só quero saber porque não estás na escola Doremi. Não te posso acusar por blasfémia. A livre expressão da palavra é algo que valorizo muito.

Nunca diria. Estalei os dedos fazendo aparecer um papel de aspecto oficial e fi-lo levitar até à Rainha.

- Aí está a autorização de permanência terrestre durante o ano lectivo ocorrente. Como vê é tudo oficial. – Sorri começado a andar para trás ignorado os guardas que me tentavam cercar – Bem, se isso é tudo irei embora agora. Minhas senhoras! – exclamei erguendo os braço envoltos numa aura cor-de-rosa – Encotros Terminthos!

Assim que abaixei os braços num movimento único o cenário da corte desvaneceu-se como se fosse sugado por um buraco negro. E assim que pisco os olhos estava de novo na sala de aula com os olhos azuis-claros de Kotake a olharem para ela preocupados:

- Harukase!

Pisquei os olhos. Estava toda a gente a olhar a para mim. Era só o que me faltava.

- Estás bem?

Olhei novamente para o Kotake. Acenei brevemente com a cabeça.

- Tens a certeza? Tu estavas tipo completamente sem reacção.

Óptimo! A Rainha não podia ter parado o tempo enquanto eu estava "convocada"?

- Eu estou bem. A sério.

A professora e os restantes alunos voltaram a focar-se na aula, mas o Kotake continuou a olhar para mim:

- Tens a certeza?

Acenei mais uma vez com a cabeça dando um pequeno sorriso. Era bom.

Ele deu outro sorriso igual ao meu e voltou-se novamente para a frente. Virei-me para a janela.

Eu sei que o conselho não vai deixar isto assim. Eu sei que a Rainha ainda vai me fazer sofrer mais. Eu sei que elas vão querer saber.

Sorri. Elas achavam que isto é mau? Elas achavam que a vida delas era má? Elas ainda não tinham visto nada!


Última edição por misa3000 em Sáb Nov 20, 2010 11:51 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Nov 13, 2010 10:16 pm

Olá ^^

Na outra mensagem não te cheguei a dizer mas ADORO a tua forma escrever!

Não me importo com isso da Nicole ^^ de certa forma, acenta-lhe bem XD

Doremi continua assim!!!

É oficial. Detesto aquela idiota da rainha. Ainda por cima, à frente das outras fala como se fosse a boazinha -.-'

Anyway, adorei este capítulo e fico à espera que a "minha" Nicole deixe de ser tão parvinha ^^ ahah

Beijinhos!
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeDom Nov 14, 2010 4:37 pm

BGD Mafafaa! Very Happy
Fico muito contente que continues a gostar da historia e da maneira como escrevo(a sério... é magnifico ouvir isso!)
Eventualmente a Nicole irá melhorar... pelo menos tentarei que o faça!
Sim a Rainha é mesmo idiota, mas é mais inocente que propriamente má.

Este capitulo começo a introduzir umas asneiras - desculpem por isso mas eu acredito em chamar os bois pelos nomes Wink
AH! É verdade, estou a aceitar sugestões de nomes para a mãe do Tetsuya!
Espero que aprecies/apreciem este capitulo!

7º CAPITULO - O meu punhal favorito

Pov Tetsuya Kotake

Hoje o treino foi… brutal. O treinador estava com a pica toda e parecia que nunca mais ia acabar. Felizmente amanhã temos uma folga dos treinos, porém temos aulas.

Desde que ela chegou que as aulas são esquisitas. Ela simplesmente senta-se atrás de mim sem dizer nada a não ser que falem com ela. E quanto falam ela tenta despacha-las o mais rápido possível. Ela mudou tanto… E, no entanto não consigo esquecer os gritos dela… naquele fáctico em que a levaram.

Bem, de qualquer forma a ver se me apresso, a mãe disse que ia fazer lasanha para o almoço. Tenho de aproveitar que o facto de ao domingo ela estar em casa. Afinal sendo que o pai é da marinha (passando meses no mar) e a mãe é uma enfermeira (que trabalhava 24/7), passo muito tempo sozinho e quero aproveitar.

- AHHHHHH!

Levantei a cabeça com o grito claramente feminino e claramente de medo. Sem pensar comecei a correr na direcção do onde o grito parecia ter vindo. Fui ter a uma esquina perto do parque. No chão perto de uma árvore uma rapariga de uns 15 anos estava deitada de cabeça para baixo aparentemente inconsciente.

Corri na sua direcção assustado. Quando cheguei perto dela ajoelhei-me rapidamente procurando com os dedos o pulsar de vida no seu pulso. Viva. Ao menos isso. Comecei a fazer um rápido exame à sua cabeça à procura de uma concussão. Não encontrei nenhuns sinais mas peguei no telemóvel para chamar uma ambulância.

Ao ouvir uma espécie de rosnadela levantei-me rapidamente, ainda a agarrar o telemóvel, virando-me para trás.

Um homem de cerca de 25 anos, daqueles que faziam as raparigas da turma suspirarem estava atrás de mim. Algo na aura dele fazia querer fugir a correr.

- Temos aqui um miudinho com complexo de herói, não é verdade?

Engoli em seco antes de abanar com a cabeça. A voz dele era arrepiante, demasiado perfeita e clara. Quase como uma leão o homem começou a avançar predatóriamente, sorrindo largamente.

- Pena… Darias um excelente escravo se, sabes, não tivesse de te matar…

Nem vi o golpe chegar. No momento a seguir estava a voar contra uma árvore, caindo atrás dos arbustos. A última coisa que me lembro antes de cair na escuridão foi de ouvir o riso dele.




Dor.

Sangue.

Gritos.

Acordei de repente sem perceber porque é que a minha cabeça doía tanto. Toquei ao de leve no alto que se formava na parte de trás da cabeça sentindo a viscosidade do sangue. O que é… Porra! O que é que aconteceu ao idiota que o bateu.

- Assim não chegas longe chuchu…

Abri os olhos ao som desta voz, tentai erguer o tronco sem ficar cheio de náuseas. O que é que ela está a fazer aqui?

- A sério chuchu… Esse golpe é tão século passado.

Através das folhas pequenas dos arbustos a cena que se passava parecia tirada de um naqueles filmes que o Yada o levava a ver.

O homem que o tinha atacado estava no chão a tentar levantar-se com dificuldade. Rosnava e a pele morena estava toda suja de sangue, provavelmente do nariz que parecia partido. As roupas pretas estavam todas sujas de pó e cortadas inclusive em alguns sítios.

Sentada descontraidamente de pernas cruzadas em cima do muro de separação da estrada, estava nem mais nem menos do que Doremi Harukase.

- A sério? – perguntou ela quando levantou os olhos das unhas que observava, vendo o homem a tentar levantar-se – Ainda queres apanhar mais?

O homem grunhiu, rosnando-lhe. Depois ergueu a cabeça a sorrir de uma maneira assustadora. Olhei para o meu telemóvel que ainda tinha na mão. Talvez pudesse telefonar à polícia mas, o que aconteceu a seguir simplesmente fez-me abrir a câmara e começar a tirar fotografias.

O homem começou a rir-se sadicamente, abrindo muito a boca. Quando ultrapassou a medida máxima que o maxilar humano abre, dentes afiados como agulhas começaram a substituir os dentes normais. A boca aumentou e os lábios tornaram-se de um roxo escuro, a seguir a pele começou a borbulhar como se queima-se sendo rapidamente substituída por uma espécie de couro preto brilhante. Os olhos ficaram mais pequenos e redondos de um vermelho doentio, o cabelo antes preto brilhante, cresceu ultrapassando os ombros e ficando de uma cor acinzentada. As unhas cresceram tornando-se em garras e asas como as de um morcego começaram a crescer nas suas costas. Todo ele cresceu arrebentado as roupas elegantes substituindo-as com músculos enormes.

Quatro palavras: Que Porra Era Aquela?

A ruiva simplesmente suspirou, como se visse aquilo todos os dias, saltando elegantemente para o chão. Depois abanou a cabeça sorrindo amargamente enquanto caminhava na direcção da… coisa.

- Ouvi dizer que eras corajosa Ginger… Mas não me parece realmente.

Arrepiei-me todo. A voz dele já não era demasiado perfeita, era simplesmente horrível. A Doremi semicerrou os olhos aparentemente divertida.

- Ainda não lutas-te comigo Demónio. Nunca ouviste dizer que não se julga um livro pela capa?

- Ditados humanos são simplesmente idiotas, mas devo dizer que me divertes rapariga. – e como se para demonstrar começou a rir.

Se não estivesse a ver não acreditava. Enquanto a "coisa" ria a Doremi sorriu e elevou a mão coberta de fogo, mandado o que parecia ser um meteorito na direcção do… "coisa"!

Assim que o ser apanhou o impacto, mal teve tempo de reagir pois a ruiva tirou uma adaga rapidamente de uma das botas e atirou-a exactamente para o mesmo sitio onde o fogo o tinha atingido.

Em apenas cerca de dez segundos, Doremi matou o ser que agora sangrava caído no chão.

A ruiva olhou em volta descontraidamente. Depois caminhou em direcção à rapariga que ainda ali estava e verificou o pulso. Aparentemente satisfeita levantou-se caminhado em direcção ao ser morto. Chegando perto pontapeou-o levemente com a ponta da bota como se a verificar se estava morto. Sorriu maliciosamente e com a ponta do pé virou o ser até ficar com o peito para cima.

Abaixou-se pegando num pedaço de tecido que pertencia à roupa do morto e depois num só movimento arrancou o punhal do peito do ser, fazendo uma cara de desgosto à nhanha preta que escorria da arma.

- Não acredito! O meu punhal favorito! – exclamou limpado a arma ao tecido, voltando a por a arma na bota esquerda. Depois olhando em volta sorriu levemente divertida – Bem… isto deve ser divertido! Vamos ver se a Rainha gosta deste presente!

E num suspirou a ruiva e o ser morto tinham desaparecido num halo de luz.

As sirenes de uma ambulância soavam na rua, ergui o corpo um pouco mais usando a árvore como apoio.

Rapidamente dois paramédicos saíram da ambulância um correndo na minha direcção e outro na direcção da rapariga. Ele desatou a fazer perguntas apontado com uma lanterna para os meus olhos mas isso não importava, não realmente…

Mas que raio é que se passou!




O sol da manhã atingiu os meus olhos fechados fazendo-me franzir o sobrolho antes de abrir os olhos. Auch… a minha cabeça dói.

Sentei-me devagar na cama. Porque é que doía a cabeça?

Tentei recordar-me do que se tinha passado ontem mas só conseguia lembrar-me de sair do treino, dali para a frente… nada!

Levantei-me indo vestir a farda. O relógio dizia que ainda faltava uma hora para às aulas. Sai do quarto indo para a cozinha.

- Tetsuya!

Olhei para a minha mãe espantado quando ela me abraçou.

- Como é que te sentes querido?

Fiquei confuso… como assim?

- Como assim mãe? Só me dói a cabeça.

- Não te lembras pois não? – acenei que não e a mãe suspirou antes de me fazer sentar na mesa em frente a um apetitoso pequeno-almoço – Tu assustaste-me ontem! Estava à espera de ti para almoço e nada, eis quando recebo uma chamada do hospital a dizer que estavas lá internado! – Eu, no hospital? – Aparentemente tu e uma rapariga foram alvos de um assalto mal feito e o assaltante atingiu-te na cabeça. Fez-te uma concussão.

Levei a mão ao alto que sentia na cabeça.

- Não me lembro de nada disso.

- É normal. O médico disse que podia acontecer. – ela fez uma ar preocupado – Tens a certeza que queres ir para a escola? Eu posso ficar cá hoje, pedir folga.

- Não deixa estar, eu tomo um comprimido e fico bom num instante.

A mãe suspirou mas eu sabia que ela tinha de trabalhar. Reunindo as coisas ela rapidamente despediu-se me mim indo embora para o trabalho.

Terminei o pequeno-almoço arrumando a louça. Caminhei para o quarto para pegar na mochila. Na secretária o meu telemóvel dava o apito de "mensagem recebida". Peguei nele:

De: Yada

Meu! Ouvi o que te aconteceu! Estás bem? Vais vir hoje à escola?

PS- Tens aquela foto do treino de ontem? O treinador quer para o jornal.

Foto? Qual foto?

Abri o menu indo directamente para a pasta de fotos. Parei.

Que raio? O que era aquilo…

FLASHBACK

Dor. Sangue. Gritos.

- … Esse golpe é tão século passado

…dentes afiados como agulhas começaram a substituir os dentes normais.

…morto.

- Não acredito! O meu punhal favorito!


Respirei aflito, ignorando o facto que tinha sustido a respiração. Dei meia volta começando a correr.



- Hei meu, estás bem? Sempre tens a foto?

Ignorei o Yada e entrei rapidamente na sala, ignorando o resto das pessoas, indo em direcção da ruiva sem expressão que olhava pela janela.

Cheguei à carteira dela pousando repentinamente as mãos. Ela olhou para cima meia irritada coisa que desapareceu quando se deparou com a foto que estava activa no ecrã do meu telemóvel. Uma foto dela. Uma foto de ontem.

- Acho que mereço uma explicação, Harukase.


Última edição por misa3000 em Sáb Nov 20, 2010 11:51 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeQua Nov 17, 2010 10:30 pm

OMG OMG OMG OMG OMG!!!

By the way, olá! xD

Não acredito! Que cena!
Pelo menos ela não pareceu uma bruxa ao fazer aquilo ahaha Se ele adivinha-se, já sabemo o que iria acontecer.

Um demónio... Ui! Não. Pior. Doremi a destruir um demónio. Parece mesmo irreal. A Doremi, aquela rapariga tão amigável e social...XD

O coiso (o rapaz que esteve a narrar este capitulo. Não ligues. eu sou uma grande esquecida e como estou num pc lento, demoraria meia hora só para por a página mais para cima...) deve ter ficado mesmo WTF!!?

Quero ver o que a Doremi vai dizer-lhe agora :3

Beijinhos ^^
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSex Nov 19, 2010 4:52 pm

Hey Mafafaa!
Adoro as tuas reacções!
Numa nota, para não ter que fugir de disparos furiosos, eu gosto mesmo muito de mistério e suspense!

8º CAPITULO - Respostas parte1

POV Tetsuya Kotake

Ela continuava a olhar para o telemóvel assustada.

- Então?

- Onde é que arranjaste isso?

Era a primeira vez que ouvia esta voz vinda dela. Não era a normal sem conotação especial que utilizava no dia-a-dia, nem era a que tinha ouvido ontem forte e divertida. Era, simplesmente frágil.

- Eu estava lá.

Vi os olhos dela abrirem espantados e, depois escurecerem brevemente.

- Onde?

Analisei-a. A voz tinha ganho um outro tom, um que me fazia querer encolher a um canto.

- O…"coisa" tinha-me atirado para detrás de uns arbustos.

Ela olhou para mim com um pequeno brilho de preocupação.

- Estás bem? – acenei que sim embora, tenha feito uma careta com o movimento. Ela suspirou e deu um meio sorriso – Suponho que com "coisa" te referes ao Demónio Agony.

Demónio? O quê?

Antes de puder abrir a boca o professor de matemática entrou na sala e mandou-me sentar. A Doremi apenas me mandou um pequeno olhar como de dissesse "espera".

Sentei-me. Eu ainda queria a minha explicação.


POV Doremi Harukase

Como é que ele estava lá? Como pude ser tão descuidada?

Olhei para a cabeça dele. Três pontos pequenos formavam uma linha no topo do crânio, o provável sitio atingindo. Abanei a cabeça. Humanos não eram suposto entrarem nesta guerra. Como é que não impedi isto?

Ele olhou-me de esguelha. Os olhos dele quase que gritavam "respostas!" quando me olhavam. Eu teria de dizer alguma coisa… Porque é que a Rainha não lhe tinha apago a memória? É algum tipo de vingança pelo "presente" que lhe deixei?

FLAHSBACK

Apareci na sala do trono combatendo as protecções ridículas que tinham contra aparecimento de estranhos. E por ridículas, quero dizer que qualquer bruxo inteligente consegue ultrapassa-las. Felizmente a sala estava vazia ou, não teria metade da piada.

Levitei o corpo do demónio deixando-o cair no meio da escadaria do trono. Que ele a suja-se de sangue.

Sorri. Estalei os dedos fazendo aparecer um laço vermelho, enorme, de seda vermelha na cabeça do demónio.

Subi o resto dos degraus e sentei-me no trono. Queria que ela fosse a primeira a ver a mensagem. Estiquei o dedo começando a escrever no ar:

"Um presente vossa majestade, Rainha de mundo das Bruxas. O mundo não é tão cor-de-rosa quanto pensa."

Enquanto escrevia na parede oposta ao trono apareciam letras gigantes formandas de fogo incandescente que descreviam as palavras que gesticulava.

"Agora só gostava de ser mosca para puder ver a cara dela!" pensei enquanto desaparecia em pleno ar.


Bem, vingança ou não, teria de lhe dizer alguma coisa.

Ia a virar a cabeça para a janela quando um papelinho acerca na minha mão. O Kotake olha para mim. Abri o papel:

Sabes que podes confiar em mim, certo?

Engoli em seco, tentado manter a cara inexpressiva. Quando é que foi a ultima vez que fiz isso? Quando foi a ultima vez que confiei em alguém?


POV Testuya Kotake

O tempo sempre passou assim tão devagar? Isto é agonizante! Mas, o pior nem eram as aulas. Eram os "Oh, coitadinho!" e o "És tão corajoso!" das raparigas que me perseguem! O professor de matemática tinha me chamado "O pequeno herói da pátria que salvava raparigas em perigo". Como se! Se eles ao menos soubessem quem tinha realmente salvo o dia!

Olhei para o relógio. Ainda faltava um quarto de hora para o intervalo. Raios!

Arrisquei um olhar trás. A Doremi estava aparentemente bem se, ninguém olhasse para as suas mãos. Estava sentada como normalmente, hirta e muito direita. A cara inexpressiva como sempre mas, as mãos… Estavam fechadas em punhos muito apertadas. Tão apertadas que os nós dos dedos estavam brancos e as veias principais ressaltavam. Ela estava nervosa.

TRIMM!

Levantei-me rapidamente ao som do toque, voltando rapidamente a cair na cadeira. Nota mental: Movimentos bruscos e concussões não resultam juntos.

Uma mão cálida pousou no meu ombro, apertando-o levemente:

- Tens a certeza que estás bem?

Virei a cara na direcção da ruiva murmurando um "sim". Reparei que algumas pessoas olhavam para ela espantados. Ela geralmente não falava com ninguém.

Levantei-me olhando para ela. Ela por sua vez suspirou antes de começar a andar. Segui-a percebendo o "é a única chance" no abanar dos seus ombros.

Descemos as escadas abrindo caminho para o pátio. De lá começamos a andar afastando-nos de qualquer sinal de população.

- Onde estamos a ir? – perguntei

- Longe.

Grande resposta. Continuamos a andar até chegarmos a um muro. Ela parou e olhou para mim com os olhos a brilharem:

- Segue-me.

Pisquei os olhos quando a vi erguer os braços agarrando a beira do muro e passando rapidamente para o outro lado. Agarrei também o muro erguendo-me e com um movimento de pernas passei para o outro lado onde, cai espectacularmente de cu no chão quando uma tontura passou por mim.

Ela riu ajoelhando-se ao meu lado examinando-me a cabeça.

- Não tem piada… - murmurei parecendo o meu primo de 3 anos. Ela riu novamente dando-me a mão e ajudando-me a levantar.

Suspirei quando ergui os olhos. Parecia que tinha acabado de cair no meio de uma floresta.

O sol passava entre as frestas das copas criando padrões na cobertura verde do chão. Folhas de diversos tons de cobre formavam montes em volta dos tronos grandes e largos. Pássaros voavam de ramo em ramo piando levemente. O vento mínimo que passava por entre a condensação de ramos fazia dançar as folhas e a relva rasteira. Ali a floresta respirava. Vivia.

Ela continuou a andar arrastando-me com ela. Por fim parou, largando-me a mão e afastando-se. Olhei em volta fascinado. Estávamos no meio de uma pequena clareira. Uma família de coelhos fugiu quando nós chegamos e pássaros piavam como para avisar os outros animais da nossa presença. Um tronco caindo cheio de musgo mostrava a sua função de banco mas, o mais impressionante era o baloiço.

A árvore de folhas completamente douradas dançava levemente com o vento que era ali mais forte. No tronco mais baixo pendia um baloiço de duas pessoas. O musgo junto com uma trepadeira florida, cobria as correntes de suspensão. Nos recortes ornamentais das costas do baloiço a mesma trepadeira preenchia as falhas. O assento estava incrivelmente limpo, embora isso não lhe tira-se o ar de que, aquilo pertencia ali. Pertencia aquele lugar, fazendo parte dele.

Virei-me:

- Isto é espectacular…

Fechei a boca. A ruiva estava no centro na clareira onde o sol batia mais fortemente. Parecia tão pequena. Tão frágil.

Estava abraçada a si mesma com a cara virada para cima, com aquela pele de alabastro a brilhar ao sol. A boca formava um sorriso mínimo quase triste. Os olhos estavam fechados. O seu cabelo parecia fogo, com o sol a derramar-se sobre ele daquela maneira, fazendo realçar todos os tons até então secretos. Os cobres, os vermelhos, o ouro, o branco da pele e o rosa dos lábios. Ela era em si própria uma jóia. E aquela fragilidade e tristeza faziam-na parecer uma deusa.

Ela abaixou por fim o rosto abrindo os olhos. Depois virou-se para mim caminhando lentamente.

- O que queres saber?


Última edição por misa3000 em Sáb Nov 20, 2010 11:52 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Nov 20, 2010 1:56 pm

Olá!

Eu sei, tenho reacções mesmo parvas xD

Epá! Isso não vale rs Está aqui uma pessoa à espera para saber o que a Doremi lhe vai dizer e o capítulo acaba com a brilhante frase: "O que queres saber?" xD

Mas pronto. Pelo menos não apareceram as parvas das "amigas" dela e a irmã para me chatearem ahah

Posta rápido o próximo capítulo! Quero mesmo saber o quê e como a Doremi vai contar-lhe :3

Beijinhos ^^
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Nov 20, 2010 7:03 pm

Hey, como eu disse, eu gosto mesmo MUITO de mistério!
Por favor retenham as balas até ao fim destes capítulos! Laughing

2º Parte, ainda há-de vir mais!


9º CAPITULO - Resposta parte2

POV Tetsuya Kotake

Olhei para ela sem saber bem por onde começar. A voz dela era tão triste, tão perdida.

- Que lugar é este?

Ela ergueu a cabeça espantada. Devia estar a pensar porque é que não ataquei logo com as perguntas sobre ontem. Mas, eu queria que ela percebesse que eu falava a sério quando dizia que queria que ela confiasse em mim.

- Estás a falar a sério?

Acenei sorrindo levemente. Ela sorriu também, suspirando. Depois deixando os ombros caírem levemente caminhou para o baloiço sentando-se. Juntei-me a ela. Ela tinha as mãos apertadas pousadas no colo. Outra vez nervosa. Olhei para cima vendo um esquilo a esconder-se num ramo e com um impulso dos pés, comecei a balançar-nos.

- Hanna's Paradise.

- O quê?

- O nome… do lugar. Chama-se Hanna's Paradise.

Ela parecia verdadeiramente triste por isso ergui o braço rodeando-lhe os ombros num meio-abraço. Ela encolheu-se com o contacto ficando rígida. Insisti até ela se habituar e começar a descontrair.

Continuei com o impulso dos joelhos mantendo o movimento do baloiço. Eu conseguia senti-la a descontrair pouco a pouco, mas nunca completamente. Ela precisava de ajuda. Ninguém reagia assim a um abraço se não tivesse passado por algo mau.

- Compreendes – virei a cabeça quando ela começou a falar – que não te posso realmente contar nada.

Parei com o movimento de baloiço repentinamente.

- O que queres dizer com isso?

- Que não posso contar.

Levantei-me irritado, caminhando para o meio da clareira.

- Diz-me que estás a gozar Harukase! Diz-me que não vais simplesmente fingir que eu não vi o que aconteceu ontem!

A ruiva levantou-se também irritada caminhando pesadamente na minha direcção.

- Tu nem sequer te devias lembrar! Ela devia ter-te apago a memória!

- Então não era realmente por causa da concussão! – ao ver o olhar confuso dela expliquei – Eu não me recordava até ir ao telemóvel e ver as fotos.

Ela fez um ar de "ah!" antes de revirar os olhos irritada.

- Porque é que não podes simplesmente fingir que não aconteceu nada?

Arregalei os olhos. Ela estava a gozar, certo?

- Estás a gozar certo? Harukase eu vi-te fazer fogo do nada! Eu vi-te lutar com uma adaga! Eu vi-te matar aquele… Demónio!

- Pois, mas não devias ter visto.

Parei as minhas voltas com o tom seco dela. Virei-me pronto para começar a gritar. Ela parecia uma guerreira amazónica. Mesmo com a farda escolar, que era igual para todas, ela era conseguia erguer a imagem de uma guerreira pronta para a batalha. Os braços estavam cruzados e o corpo parecia pronto para começar a mover-se de um lado para o outro. A cara era uma fachada arrogante e os olhos eram uma piscina de gelo rosa.

Fechei os olhos abanando a cabeça. Ainda à cinco minutos atrás disse que ela precisava de ajuda e agora estou a gritar com ela.

- Harukase – tentei – tu, não me podes deixar sem qualquer explicação. Percebes isso? Percebes que podes confiar em mim.

Os olhos dela abriram ficando completamente em choque. Ela deu um passo para trás respirando fundo como se tivesse levado um soco. Os braços já não estavam cruzados mas sim esticados ao longo do corpo.

- Não…

A voz dela era um sussurro perdido. Dei um passo na direcção dela.

- Tu podes confiar em mim. Eu só quero saber o que se passou porque não aguento ver-te assim. Eu quero ajudar-te. – aproximei-me um pouco mais dela ficando a menos de um passo dela – Eu quero ser teu amigo. Eu quero fazer parte da tua vida.

E com esta ultima frase ergui a mão pousando-a no ombro dela.

Assim que fiz contacto ela explodiu. Correndo para o centro da clareira:

- TU ESTÁS LOUCO! EU NÃO TE POSSO METER NISTO! EU NÃO POSSO! – naquele momento ela virou-se com lágrimas a correrem-lhe cara abaixo – Eu não posso… Eu não posso ser responsável por mais uma morte…

Aproximei-me um pouco mais:

- Doremi…

- NÃO! – gritou ela chorando ainda mais – EU NÃO POSSO! EU NÃO AGUENTO SER A CULPADA POR A MORTE DE MAIS ALGUÉM! – tentei aproximar-me um pouco mais, o que é que ela queria dizer com aquilo?

- Não o Mark… Não… NÃO! – gritou ela caindo no chão agarrado os joelhos e enterrando a cara neles soluçando – EU NÃO POSSO MATAR MAIS NINGUÉM!


Última edição por misa3000 em Sáb Nov 20, 2010 11:52 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Nov 20, 2010 9:08 pm

Olá again ^^

Matar alguém?! WTF A Doremi matou alguém?

Ou...

Agora que penso bem, será que se ela contar a alguém que é uma bruxa, a rainha mata essa pessoa, ou algo parecido? Neutral

XD Eu tenho cada ideia...

Pronto, já percebi. Ela não lhe vai contar nada e ele vai pensar que ela é uma homícida XD

Tou a gozar rs

O que se irá passar agora? *suspanse*
Fico à espera do próximo capítulo.

Beijinhos ^^
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Nov 20, 2010 11:49 pm

mafafaaa escreveu:
Olá again ^^

Matar alguém?! WTF A Doremi matou alguém?


Oui oui! Eu gosto mesmo muito de agitar as àguas!

mafafaaa escreveu:

Agora que penso bem, será que se ela contar a alguém que é uma bruxa, a rainha mata essa pessoa, ou algo parecido? Neutral


Ora aí está uma ideia interessante, quem me dera ser assim tão criativa, mas acho que não sou... confused Very Happy

Foste mesmo muito rápida a responder a este capitulo! Por isso, e não só por isso, vou postar a parte 3 para não ficares a sofrer com o que se passa!

Como de sempre deixo o aviso: EU gosto mesmo muito de MISTÉRIO!!

Baci Bellezza!!

10º CAPITULO - Respostas parte3

POV Tetsuya Kotake

O que ela quer dizer com “Matar”? Quem é que ela matou?

Sussurros soluçantes de “não” era a única coisa que se ouvia na clareira. Eu não me conseguia mexer. Ela matou alguém?

Um soluço mais alto distinguiu-se no ar e, foi como que um despertador. Dei um passo antes de parar. Não sei o que hei de fazer…

Subitamente um ponto cor-de-rosa de luz brilhante apareceu entre nós., tomando a forma de duas mochilas e um ser. Assim que a luz ficou mais fraca, enfraquecendo progressivamente, pisquei os olhos.

Uma rapariga de aspecto de ter a nossa idade flutuava à minha frente. O cabelo era ruivo preso numa trança comprida. O corpo curvilíneo estava coberto com um mãio branco de decote à barco com mangas ¾ de chiffon cor-de-rosa folgado. As pernas estavam cobertas com o mesmo material deixando os pés nus. Ela era impressionante, tão impressionante que quase me esqueci que ela tinha cerca de dez centímetros e olhos exactamente iguais aos da ruiva que soluçava no chão.

A rapariga olhou para mim deixando cair as duas mochilas no chão. Reparei brevemente que eram as nossas mochilas. O que era ela? Quem era ela?

Fui desperto repentinamente com um soluço. Dei mais um passo na direcção dela antes de parar. Não sei o que fazer.

A rapariga olhou para mim antes de revirar os olhos e gesticular com os braços numa espécie de abraço.

- Abraça-a! – sussurro irritada.

Ignorei por momentos o facto de estar a obedecer a um ser que nem sabia o que era e, avancei o resto do caminho até à ruiva.

Ajoelhei-me e erguendo os meus braços puxei-lhe os ombros abraçando-a por detrás. Ela soluçou mais fortemente tentando fugir. Ignorei, continuado a abraça-la.

Ao fim de algum tempo ela deixou de lutar, virando-se no abraço. As suas lágrimas molhavam-me a camisa e as suas mãos eram um aperto firme. Os seus soluços já não se ouviam mas continuava a senti-los a percorrerem-lhe o corpo. Abracei-a mais fortemente, beijando-lhe o topo da cabeça.

- Chiu… Está tudo bem… - murmurei contra o cabelo dela.



Ficamos assim durante imenso tempo. De algum modo tínhamos encontrado caminho até a uma árvore, onde encostava as minhas costas. Ela tinha-se sentando entretanto ao meu colo e continuava com a cara escondida no meu ombro onde conseguia sentir a humidade de cada lágrima que ainda lhe escapavam dos olhos. Continuava a fazer-lhe festas no cabelo sussurrando coisas calmantes.

Um barulho de pauzinhos a partirem-se ecoou na clareira. Olhamos em frente vendo um coelho a fugir para o esconderijo seguro do tronco caído. Reparei que a luz estava diferente. Há quanto tempo estaríamos ali?

- Doremi.

A ruiva olhou para cima. Os olhos estavam brilhantes de vermelhos e o rasto das lágrimas marcavam-lhe as bochechas.

- Queres falar sobre… isto?

Ela olhou para cima, respirando fundo.

- O Mark era… o meu melhor amigo. O primeiro que fiz lá. – ela olhou para mim séria – Matei-o.

- Como?

- Que interessa? – perguntou frustrada – Eu matei-o!

Peguei-lhe o queixo virando-lhe a cara para mim.

- Como?

Olhamos um para o outro durante algum tempo. Eu conseguia ver todas as emoções a passarem-lhe pelos olhos.

- Eu… - começou – Eles obrigaram-me a praticar o encanto…mas, eu não estava pronta. Não queria faze-lo. O…Mark disse que não havia problema. Que confiava em mim… que sabia que eu conseguia… - uma lágrima escapou percorrendo o mesmo caminho de outras. Limpei-a com o dedo – eu… tentei mas… Falhei. Não consegui controlar o fogo. Foi contra ele. Ele… ele não teve tempo para fugir. Ele… ele… Morreu. – ela respirou fundo – Ele morreu por minha culpa, e a última coisa que ele me disse foi “confio em ti”.

Respirei fundo quando ela escondeu novamente a cara no meu ombro. Isto era errado… ela não teve culpa. Olhei para ela, puxando-lhe o rosto até conseguir olha-la nos olhos. Lágrimas ainda escapavam quando lhe beijei a testa:

- Tu não tiveste culpa. Eles obrigaram-te.

- Eu podia ter dito não! Podia ter aceite o castigo!

- O castigo – disse interrompendo-a – era mau? – ela acenou - Ele… o Mark sabia o que te iriam fazer se ele se recusa-se a estar ali? – mais uma vez acenou – Então, parece-me que ele queria proteger-te. Não te culpes por algo que não podes controlar Doremi. Ninguém te culpa por isso.

- Mas… ele morreu… e eu…

“Dó… quanto mais é que sofreste?” pensei levantando-lhe o rosto:

- Não. TU não tiveste culpa! O Mark queria proteger-te e não era por confiar em ti que morreu. Não foi culpa tua! E, não é por eu confiar em ti e tu confiares em mim que eu vou morrer!

Ela olhou para mim com os olhos arregalados. Olhei em frente ignorando por momentos a força do seu olhar no meu rosto. Que mais lhe teria acontecido ao longo deste cinco anos?

- O inicio da história começa quando nós tínhamos oito anos. – olhei para ela espantado – E, eu encontrei a loja mágica.

Sorri. Ela confiava em mim.




Última edição por misa3000 em Sáb Nov 20, 2010 11:53 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Reparei que me tinha enganado na numeração dos capitulos, mas já corrigi isso. Desculpem por isso!:D)
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeTer Nov 23, 2010 8:18 pm

Olá!

Ontem já tinha lido o capítulo, mas depois tive de sair e não tive tempo de comentar ^^'' Gomen

Isto assim é muito bom Very Happy
Todos os dias um capítulozinho aqui para ler. Que mimo! Smile

Uau! Depois de 3 partes de um capítulo serem postadas, finalmente ela começou a dizer alguma coisa de geito XD Quer dizer, foi só uma frase, mas não faz mal. Quer dizer que no próximo capítulo a conversa vai ser muito melhor XD

Bem, vou ficar à espera dele!

Beijinhos ^^
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeQua Nov 24, 2010 5:54 pm

Oi!
Sem querer ofender ninguem mafaffa, mas eu gosto mesmo muito de MISTERIO!!!

Por isso... nada de balas disparadas na minha direcção por favor! Embarassed

11º CAPITULO - Ela recrutou mais um

POV Sophie Seno

- Meninas esperem!

Com o meu grito as cinco raparigas mais à frente pararam. Corri até elas.

- Bom dia meninas!

- Bom dia Sophie. – respondeu a Emilie enquanto a Momoko acenou a cabeça, a Nicole bocejou e a Hanna e a Bibi sorriram levemente.

- Então voltado ao assunto em mãos – disse a Nicole enquanto voltávamos a caminhar na direcção da escola – conseguiste falar com ela Bibi?

Semicerrei os olhos ao pensar "nela". Ela era a razão de tudo andar louco agora! Demoramos um ano a conseguir meter tudo em ordem e agora ela chega e em menos de um mês fica tudo doido outra vez!

- Não… ela chegou tarde e a mãe não a largou desde de que ela chegou a casa até se ir deitar e hoje quando acordei ela já tinha saído.

A mãe não a largou… Bolas! Não a podia ter puxado para o lado e ameaça-la?

- Nem penses Sophie! – bolas! Porque é que a Emilie sabe sempre aquilo que vou gritar antes de gritar?

- De qualquer modo a cara da rainha não valeu aquilo?

Olhamos todas para a Momoko parvas. Ela não estava realmente a falar a sério pois não?

- Tu não estás a falar a sério pois não? ERA UM RAIO DE UM DEMONIO SUPERIOR A SAGRAR NA ESCADARIA DA SALA DO TRONO!

- SOPHIE! – gritou a Emilie. Olhei em volta, ignorando brevemente os olhares espantados dos nossos colegas que passavam por nós, também a caminho do edifício escolar.

- Teoricamente, ele já tinha sagrando, tenho em conta que já estava mais que morto quando lá chegamos.

Respira fundo Sophie, não estrangules a Momoko!

- Tu hoje tiras-te o dia para me chatear certo?

A loira olhou para mim com os olhos a piscar de raiva:

- Não, mas se quiseres ir por aí…

- CHEGA! – gritou a Hanna – Isto não vale a pena a confusão! – e com isso virou costas e começou a caminhar mais rapidamente em direcção à escola. A Momoko seguiu-a dando-lhe o braço.

A Emilie olhou para mim com censura no olhar.

- E ainda dizem que eu sou a dramática! – disse a Nicole – Mas já viram as saídas dramáticas delas?

- Eu não queria chatear a Hanna, mas vocês já notaram que desde que ela chegou só discutimos! – gritei, como é que elas não conseguiam perceber isso? – Ela esta a separar-nos!

- Vamos chegar atrasadas se não nos apressar-mos. – disse a Bibi começando a caminhar.

Com um suspiro angustiado, a Emilie olhou para o relógio:

- Vamos depressa!

E começamos a correr.


Conseguimos chegar ao saguão de entrada em menos de cinco minutos e despedimo-nos rapidamente da Bibi correndo escadaria acima.

Abrimos a porta da sala do 12A. Ufa! O prof ainda não tinha chegado e grande parte do pessoal ainda estava na conversa no corredor ou a chegar. Respiramos todas fundo com o alívio e caminhamos na direcção dos nossos lugares. Quando passamos pela Momoko e pela Hanna estas fizeram um diabo de uma cena de "não te conheço".

- Elas estão a falar a sério? – perguntei a Emilie quando esta se sentou.

- Teoricamente elas não estão a falar mas sim, acho que elas estão realmente a ignorar-te.

- Nos. – elas não me tinham ignorado só a mim – Elas estão a ignorar-nos.

- Deixa-me em paz sim Sophie. Vocês é que gostam de entrar nestas brigas idiotas e como a idiota que sou entro sempre no meio!

Wow… esta deve ser a quarta vez que ouço a Emilie a passar-se.

Sentei-me quieta olhando para a Nicole que tinha pegado na bolsinha de maquilhagem e estava ocupada a meter lip gloss nos lábios. Revirei os olhos, quantas vezes precisa uma rapariga de por brilho durante o dia?

Voltei-me outra vez para a Emilie. Ela sempre era melhor a conversar do que a Nicole.

- Em… Desculpa ok? – ela olhou para mim suspirando, antes de acenar com a cabeça e dar um meio-sorriso. A nossa natureza nunca nos deixava ficar chateadas durante muito tempo.

- Ok Sophie mas, tem mais cuidado com aquilo que dizes. Principalmente ao pé da Bibi…

- A Bibi é uma rapariguinha crescida!

- Pois. E ela é a irmã dela.

- E o que é que isso importa?

- Soph… tu és mais inteligente do que isso. Não deixes a tua raiva nublar-te os teus sentimentos.

A minha raiva não me nubla os sentimentos. A minha raiva tem uma razão muito real. Uma razão chamada Doremi Harukase.

- Sophie…

Olhei para cima vendo o olhar de censura da Emilie. Eu disse aquilo em voz alta?

- Eu disse isso em voz alta? – ela acenou afirmativamente – Bolas Em! É verdade!

- Talvez até seja, mas também é verdade que nunca lhe deste realmente uma hipótese, e não estou a falar só de agora.

Ia a responder-lhe quando fui distraída com os súbitos murmúrios e sussurros que enchiam a sala. Olhei em volta vendo os olhos de todos apontarem para a porta de detrás. Olhei também.

- O que raio!

A razão da minha raiva conversava lado a lado com o Kotake que ria perdido de riso. Ela, claro não se ria mas continuou a falar baixo de modo a que ninguém sem ser o moreno a conseguia ouvir. Ele riu mais uma vez:

- Bolas Dó, assim matas-me!

Naquele momento vi algo que não via à muito. Ela deixou os cantos dos lábios erguerem-se dando um sorriso que só vi uma única vez na vida. O silêncio instalou-se na sala.

O moreno sorriu também aparentemente satisfeito de a ter feito sorrir. Nesse momento a ruiva levantou a cabeça vendo todos a olharem para eles. O sorriso caiu e a expressão vazia voltou ao rosto. Ela deu um passo para trás.

Kotake olhou para ela e depois para as pessoas que os observavam como se fossem insectos debaixo de um microscópio. Depois suspirou e deu um sorriso confiante. Num impulso segurou a mão da ruiva e começou a arrasta-la até ao canto inferior direito da sala onde ficavam as suas carteiras. Começando a rir, empurrou a ruiva para a sua cadeira sentando-se ele na dele e ignorando toda a gente continuou a conversar em voz baixa com ela.

Olhei em pânico para a Emilie:

- Ela recrutou mais um!

A Em olhou para mim séria.

- Sophie, francamente! Ela não recrutou ninguém, ela tem direito a ter amigos!

Revirei os olhos enquanto me virava para a frente. Idiota! Todas elas! Idiotas! Ela não percebia! Ela não via o mal que ela trazia! Ela não percebia o que ela vinha destruir! Ela não percebia o que ela vinha mudar! Nada mais! Nada mais iria ser como antes! E a culpa é toda dela!

Mas eu não iria permitir isso. Não! Eu não me deixaria ser enganada outra vez.
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeQua Nov 24, 2010 10:36 pm

Olá!

Já tinha dito que detesto a Sofia? Não sei... Acho que disse que detestava a Rainha, mas não a Sofia. Bem, digo agora.

EU
DETESTO
A
S O F I A!

Que idiota! Aposto que no principio do próximo capítulo ela vai ter com a Doremi mesmo ali no meio da sala e diz alguma coisa estupida.

Neste momento, a minha consideração pelas meninas é:

Doremi: 9 (não consigo por 10 porque ela está arrogante e eu também nao gosto muito disso, mas considera-o um 9.999...)
Hanna: 7
Momoko: 7
Emilie: 5
Sophie: 2
Nicole: 8 (eu sei que é um bocado alto mas penso nela como neutra. Nem está do lado da Doremi, nem do lado das outras)
Bibi: Todo o nº abaixo de 0 que me venha à cabeça XD

Vamos lá ver se as meninas melhoram, senão entro no meio da fic e dou-lhes porrada a cada uma Razz

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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Dez 04, 2010 6:02 pm

EI MAFAFAA!!!!
Como estás????
Adoro os teus cometários! Fazem-me sempre rir às gargalhadas!!

mafafaaa escreveu:


Neste momento, a minha consideração pelas meninas é:

Doremi: 9 (não consigo por 10 porque ela está arrogante e eu também nao gosto muito disso, mas considera-o um 9.999...)
Hanna: 7
Momoko: 7
Emilie: 5
Sophie: 2
Nicole: 8 (eu sei que é um bocado alto mas penso nela como neutra. Nem está do lado da Doremi, nem do lado das outras)
Bibi: Todo o nº abaixo de 0 que me venha à cabeça XD

Vamos lá ver se as meninas melhoram, senão entro no meio da fic e dou-lhes porrada a cada uma Razz

Beijinhos ^^

UAU! Gostas assim tanto da Doremi?? Eu confesso que ela é a minha personagem favorita, mas aviso desde já que ela ainda se vais mostrar um pouco mais arrogante, mas ela não tem realmente muita culpa nisso.
Eu também considero a Nicole um pouco neutra, mas ela ainda vai mostrar quem verdadeiramente é.
Não sejas tão má com a Bibi. Ela tem um certo problema com lógica e raciocínio e ela não está ao certo a apoiar ninguém... Ela ainda está em observações...
Sophie... nem comento.. não sei se reparas-te mas eu não gosto muito dela!

De qualquer forma, hoje vou deixar aqui o próximo capitulo. É só um capitulo de passagem de uma cena para a outra, por isso já sabem...
Vou tentar postar mais um capitulo amanhã, mas não juro nada!

12º CAPITULO - Ler-te não é assim tão fácil...

POV Doremi Harukase

Esta gente não tinha vida própria? Parecem incapazes de se meterem na própria vida e tirarem o nariz da minha!

O som de risos tirou-me da minha divagação. Olhei para cima vendo o Tetsuya a rir-se da minha cara.

- Hey! – murmurei – Não é giro!

- Isso é porque não tenho um espelho aqui! Acho que assustas-te a Miho até ao resto da sua vida.

Pensei na pequena rapariga morena que era a maior abelhuda que já conheci.

- Se ela não se comportar, certificarei-me que ela será curta. – murmurei entre dentes.

- Dó!

Olhei para ele deixando escapar um sorriso sarcástico. Era incrível como em apenas um dia, já não conseguia controlar os meus sorrisos perto dele. Respirei fundo, deixando o meu olhar dançar com a vista.

Estávamos em cima de uma árvore a aproveitar a pausa a meio da manhã. Ali ninguém nos encontrava e a vista era simplesmente bela.

- Que estás a pensar?

- Só a ver a vista. – "talvez não tanto assim…" pensei ao lembrar-me dos olhos azuis furiosos que não pararam-me de encarar esta manhã.

- Pois… Ela é que perde.

Olhei para ele espantada.

- Sou assim tão transparente?

Ele teve o desplante de rir-se na minha cara!

- Não! Eu é que já me estou a habituar a ler-te.

Sorri, dando-lhe uma pequena palmadinha no ombro fazendo-o desequilibrar. Ele olhou para mim assustado enquanto se agarrava melhor ao tronco onde estávamos sentados. Ri-me:

- Não sei se gosto muito que me leias assim tão facilmente…




POV Tetsuya Kotake

Facilmente? Claro que não. A cara dela é um mistério! Mas… os olhos…

Deixei a mente vagar.

Ontem o dia foi…Intenso. O que ela me contou foi… confuso, divertido, doloroso, e houve partes onde só me queria levantar e matar os filhos-da-mãe que a magoaram. Mas, ao longo da tarde, aprendi a ler os seus olhos. Como eles escureciam quando contava algo doloroso; como brilhavam quando me contava as peripécias em que se meteram; como endureciam quando me contava sobre as lutas; como ficavam abertos perdidos sem fixar nada quando falava das saudades, de casa, delas, da Hanna (um pouco assustado com isso na verdade…); como ficavam semicerrados e a íris crescia quando me contava acerca da "Rainha".

Com ela era assim. Não era na boca, ou nas sobrancelhas e, nem mesmo no elevar das maçãs-do-rosto. Era nos olhos. Eles eram verdadeiramente a janela da alma dela.

- Acredita, Doremi. Ler-te não é assim tão fácil.

Ela sorriu levemente. Mas os olhos endureceram brevemente, escurecendo levemente.

- Não tens medo?

Ergui os olhos ao céu. Sabia o que ela queria dizer com isso. Não. Eu nunca poderia ter medo dela.

- Não.

A ruiva deixou cair os ombros. Parecia que lutava com qualquer coisa.

- Não. – repeti – Não me importa aquilo que fizes-te, irás fazer, ou és. – agarrei-lhe nos ombros fazendo-a olhar para mim. – Não importa, porque eu conheço-te. E sei que isso não importa realmente.

Ela suspirou brevemente, olhando para cima.

- É só que… acho que estou à espera que a história assente na tua cabeça e comeces a perceber como isto é tudo tão lixado. Como a minha vida é lixada.

- Eu já percebi tudo o que precisava de perceber. – respondi brevemente irritado. Ela estava tão magoada que não conseguia acreditar quando lhe estendiam uma mão. – E, a tua vida não é lixada. Tu não estás lixada.

- Às vezes gostava de acreditar nisso com tanto fervor. – murmurou ela deixando-se cair para o chão com um gracioso salto quando a campainha soou na pátio.

"Às vezes gostava que acreditasses também"



- Então meu?

Levantei os olhos do meu almoço.

- Yada.

- Nada disso! Conta pormenores de como exactamente tu e a pequena "Miss Gelo" começaram a conversar!

Revirei os olhos. Claro…

- Sabes como é… Eu faço perguntas, ela responde, depois faz ela perguntas e eu respondo. – Sorri – Apesar de não conversares muito pensei que sabias como funcionava a mecânica da coisa.

- Vá lá! Tu sabes o que quero dizer.

Revirei os olhos internamente:

- Sabes, para um gajo com fama de calado e "bad-boy", tu és um dos maiores fofoqueiros que já conheci.

Ele sorriu prepotente.

- Hey! Quem pode, pode! – "Típico" – Mas conta lá! Qual é o problema dela?

Ergui a cabeça bruscamente. Ele não faz ideia do que acabou de dizer.

- Yada! – rosnei.

Ele olhou para mim espantado, antes de deixar cair os ombros arregalando os olhos.

- Meu… Ela têm mesmo um problema? – acenei brevemente sem adiantar muito mais – Bolas… Desculpa meu, não sabia. É muito sério?

- Qual é exactamente a tua definição de "sério"?

Ele sentou-se ao meu lado deixando-se escorregar na cadeira.

- Bolas…

A quem o dizes.
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSáb Dez 04, 2010 10:17 pm

Olá!!

A Doremi sempre foi uma das minhas preferidas. Está logo a seguir à Nicole :3
Mas a Bibi tem aqui quantos anos? Já tem idade suficiente para ser menos parvinha, de certeza!
Também nunca gostei muito da Sophie. Principalmente na versão portuguesa de Ojamajo Doremi. Aquele sotaque à Norte que ela tinha... Não gosto nada -.-''

Não tenho grande coisa para comentar deste capítulo... Foi pequenino, mas como tu disseste, foi uma introdução ao próximo Smile
Sendo assim, comento o próximo. Não faço a mínima ideia do que vai acontecer.

Então, até amanhã! ^^

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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeDom Dez 05, 2010 7:36 pm

EI! Very Happy
Mais um capitulo pequenino, que vai ser a introdução a um acontecimento que vai por o tom da fic!

Por isso... aqui vai!!

13º CAPITULO - Acho que disse aquilo em voz alta

POV Momoko Asuka

Isto é, I-D-I-O-T-A!

Podia estar a fazer coisas tão mais interessantes agora! Tipo… Dormir!

- Momoko?

Olhei para cima vendo a cara irritantemente tapada da Rainha. Sorri mostrando que estava a ouvir.

- Bem meninas, como vocês devem ter-se apercebido os demónios voltaram a mostrar-se a humanos. Os nossos feitiços de segurança foram transpostos.

- Que podemos fazer?

Revirei os olhos ao ouvir a "Voz de Batalha" da Sophie. Tão cliché.

- Minhas queridas… - a sério, se ela dizer "queridas" mais uma vez… - Nunca vos poderia pedir isto se a situação fosse outra mas, preciso que tentem manter os humanos em segurança na Terra.

"Cliché!" pensei com a voz cantada.

- Portanto – expressei – você quer que nós lutemos enquanto fica aí sentada sem fazer nenhum.

- OHH!

"Pensando melhor… talvez não tenha sido a coisa mais correcta a se dizer" pensei ao ver-me na mira das lanças da guarda real. Porque é que nunca ouvi a Doremi quando ela falava sobre a idiotice do conselho?

- Nunca me passaria isso pela cabeça minha querida. Só quero que protejam os humanos, não estou á espera que vão caçar os demónios.

- Portanto, - disse a Emilie tentando tirar a atenção da guarda de mim – sim para a protecção, não a caçar.

- Basicamente, é isso. Mas peço-vos que tenham cuidado.

Todas acenamos, enquanto a Rainha fazia as suas despedidas.

Saímos da sala, dirigindo-nos à saída.


- Segura a porta Nicole. – pediu a Emilie enquanto tentávamos sair do café mágico.

- Vem Hanna, tu hoje vais lá dormir, lembras-te?

A loira olhou para mim acenando com a cabeça. Saímos para a rua.

- Acho que devíamos tentar resolver o problema pela raiz.

Olhamos todas para a Sophie. Ela estava louca?

- Estás louca? – perguntou a Bibi – A Rainha disse que só tínhamos de proteger não caçar.

- E? – ela olhou para nós irritada – Se resolvermos logo o problema não era muito melhor?

- Mas Sophie, nós não temos experiência com demónios. – tentou a Emilie.

- Não pode ser muito mais difícil do que tudo o resto que enfrentamos! Além disso nós as seis devemos ser uma das mais poderosas do reino. Deve ser fácil.

- Sim! – exclamou a Nicole dando o seu sorriso de milhão de dólares – Realmente, quão difícil pode ser?

- Eu não acho uma boa ideia.

- Ninguém te perguntou a opinião Momoko! – gritaram a Nicole e a Sophie.

- Eu também não concordo. – disse a Hanna calmamente.

- Eu não estou muito segura com isto, Soph… - disse a Emilie revirando as mãos

- Vá lá! Se… "ela" – tossiu a morena – consegue, quão difícil pode ser?

- Ela tem nome sabes? – não gostava muito de elevar a voz mas ela já me estava a irritar.

- CALA A BOCA MOMOKO!

- CALOU! – gritou a Bibi. Todas paramos quietas no lugar. A ruivinha olhou para nós – Fazemos assim, amanhã à noite vamos observar, nós nem sabemos se eles andam por aqui, se tiverem logo veremos o que fazer.

- Eu sempre disse que eras inteligente Bibi! – disse a Nicole batendo palminhas.

- Seja. – disse a baixinha revirando os olhos – Agora vamos, eu não sei quanto a vocês mas eu tenho aulas amanhã.

Cada uma começou a andar na direcção da sua casa.

Dei o braço à Hanna começando a encaminhar-nos para minha casa. Isto é um plano idiota. Elas estão a tentar matar-se?

- Momo…

Olhei para a loira.

- Isto não vai correr muito bem pois não?

- Não acho que vá Hanna.

A loira continuou a andar calada durante mais um pouco.

- Mas… - disse voltando a falar – Mas… Isto é idiota. Porque não falam simplesmente com a mam… com a… com a mamã?

Olhei em frente tentando ignorar a lágrima que queria cair. Pobre Hanna. Isto era tão difícil para ela. Por fim suspirei quando chegamos à porta de casa:

- Porque elas não conseguem reconhecer a verdade quando esta está mesmo à sua frente.


No dia seguinte, ao acordarmos o ambiente era pesado. Vestimo-nos em silêncio tentando ignorar o que tinha acontecido na noite anterior.

- Bom dia meninas!

- Bom dia mãe

- Bom dia Sra. Minori.

A mãe olhou para nós antes de meter as mãos nas ancas:

- Ok… desembuchem! Vocês estão com cara de caso!

Suspirei, ela sabia sempre… Será algum tipo de super-poder de mães?

A minha mãe desatou a rir. Ups! Acho que disse aquilo em voz alta.

A Hanna sorriu:

- A Doremi também sabia sempre o que se passava comigo.

O ambiente ficou novamente pesado.

- Então é esse o problema? Com o resto das meninas e a nossa ruivinha favorita?

Tentámos rir da piada, mas o problema era mesmo esse.


Ao chegarmos à escola a Sophie puxou-nos para o lado.

- Então? Sempre vêem? Logo à noite?

- Temos algum remédio?

- Não! – exclamou ela irritada – Vais e pronto!

- Bem… já que pedes tão simpaticamente.

Só para se saber… Isto vai correr mal!

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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeSeg Dez 06, 2010 10:40 pm

Olá!

Será possível que eu não consiga detestar a Nicole???!! XD
Adorei os clichés da Sophie e da Rainha ahah

A Sophie está cada vez mais idiota e a Bibi vai pelo mesmo caminho.
A Emilie, ora está dum lado, ora está doutro...
A Nicole, além de mostrar o seu sorriso de milhões de dólares (LOL) também não faz grande coisa...
Quem se safa é mesmo a Momoko e a Hanna ^^''

Deixa-me ver, enquanto estão a tentar matar os demonios, que não vao conseguir, a Doremi vai salvar a... provavelmente a Sophie do ataque de um deles.

É o que penso que vai acontecer no proximo capitulo XD

Beijinhos ^^
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MensagemAssunto: Re: Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem.   Fanfic Ojamajo Doremi - Olhos que não vêem. Icon_minitimeTer Dez 07, 2010 1:20 pm

O que é que eu posso dizer... Eu gosto de clichés... mas a história ainda terá mais momentos, além deste, que irão levantar mais questões!
Lembrem-se, sem pov indicando é porque é visão do narrador!
Vou também por os fatos que elas usam... estão sobre spoiler logo a seguir às descrições! Very Happy
HAVE FUN!


14º CAPITULO - Eu tenho vida sem ser-vos matar

Era de noite. O sossego reinava. Os animais tinham-se recolhido e o silêncio preenchia as ruas.

Uma rapariga pequena de cabelo cobre encaracolado caminhava pelo meio da estrada deserta confiante. Começando a apertar o passo, a rapariga apresasse até alcançar um grupo a esperava numa esquina.

- Estava a ver que nunca mais Bibi! – exclamou a mais alta.

- Que seja. – disse a rapariga pequena assim que chegou – Tive dificuldade a conseguir escapar-me de casa.

- Vocês têm a certeza disto? – perguntou a morena de óculos.

- Não. – respondeu uma das loiras, revirando os olhos verdes – Mas não é como se me tenha sido dada hipótese.

- E além disso, - disse a que tinha o cabelo roxo – já estamos todas vestidas.

As raparigas olharam umas para as outras, reconhecendo as calças confortáveis e top de mangas curtas, ambos brancos, que todas envergavam.
Spoiler:
- Pois… - disse a outra loira encolhendo-se um pouco – Acho que parecemos um gang.

- Um gang Hanna? – perguntou a de cabelo roxo – Um gang não teria tanto estilo como nós! – exclamou rindo.

- Nicole… talvez não seja boa ideia fazer tanto barulho. – disse a morena de óculos.

- Bolas Emilie! Estás assustada com o quê? – perguntou a morena alta de olhos azuis.

- Demónios talvez? – perguntou a loira de olhos verdes com o tom de "Dah.." na sua voz.

- Não te metas Momoko! Ninguém te perguntou nada!

- Sophie… - tentou a outra loira

- Nem venhas com isso Hanna! Não há nenhuma razão para ter medo!

- Eu talvez não diria isso, menina.

O silêncio caiu sobre o grupo ao ouvirem esta frase. Viraram-se rapidamente.

À sua frente, estavam três pessoas extremamente belas. Uma mulher, de cabelo preto brilhante e comprido e um sorriso manhoso, com o corpo insinuante tapado por um minúsculo vestido preto. Um homem de cabelo loiro sujo, e grandes olhos pretos que lhe dominavam a cara. Vestia umas calças de ganga escuras e um top sem mangas também de cor escura. Ambos pareciam ter a mesma idade que elas. O último membro deste grupo era quem tinha falado. Um homem de cerca de 25 anos, de cabelo comprido preto preso elegantemente no fundo da nuca. Envergava um fato preto, parecendo uma magnífica estrela de cinema.

- A menina de óculos têm muita razão. – disse novamente fazendo um arrepio passar pelas colunas de cada uma das raparigas – Não é mesmo boa ideia fazer tanto barulho.

A que se chamava Sophie pareceu despertar:

- Pois. Obrigada pelo conselho, teremos a certeza que o seguiremos no continuar da noite. – disse pegando nos braços de Nicole e Emilie tentando empurra-las para começarem a andar – Agora se nos dão licença..

- Darren. – disse o homem. No segundo seguinte o rapaz loiro, estava em frente às raparigas, sorrindo perigosamente. Elas tentaram-se virar para trás mas viram o caminho cortado pela rapariga que semicerrou os olhos rosnando.

- Michele. – disse o homem num tom condescendente – Já te disse mil vezes que não se brinca com a comida.

A rapariga sorriu mostrando uns dentes afiados como agulhas:

- Sim mestre.

- Vocês são demónios! – gritou Bibi.

- Novamente… - diz o demónio – o poder de observação das bruxas nunca me deixa de espantar. Diz-me pequena criatura, como é o teu nome?

- Vai-te lixar! – gritou ela.

O demónio fez um sinal a mão. No momento a seguir a Bibi estava nos braços de Darren a tentar lutar inutilmente por liberdade.

- Trá-la cá.

O rapaz levou a pequena rapariga ao seu mestre entregando-a. Assim que lhe pegou no braço o demónio sorriu levemente ao mesmo tempo que as suas narinas dilatavam.

- Curioso, pequena bruxa. O teu sangue parece muito familiar… - disse pegando-lhe no braço e começando a cheirar-lhe o pulso. Bibi só conseguia ouvir o bater do seu coração sobre os gritos das amigas que tentavam sair do aperto dos outros dois. – Familiar, sim… Talvez isto até vá correr melhor do que esperado.

O demónio sorriu, e arregaçando os dentes começou a baixar a boca na direcção do pulso da pequena ruiva.

- Bibi, Não! – gritou a Emilie.

Naquele momento o demónio deixou escapar um grito de dor, largando a ruiva com tanta força que esta caiu no chão. Os outros dois foram a correr ter com o seu mestre enquanto as raparigas tentavam tirar Bibi dali.

- Mestre? – perguntou a rapariga preocupada.

- Sua Cabra! – gritou endireitando-se. – Onde estás tu Ginger?

As raparigas olharam perdidas, horrorizando-se com a ferida que marcava a face do demónio, rasgando a pele da testa ao queixo e que escorria liquido preto.

- Onde estás tu GINGER? – gritou mais uma vez.

- Mestre, não está ninguém aqui. – disse Darren.

- CALADOS! GINGER ESTOU À TUA ESPERA!

O silêncio voltou à rua. O demónio sorriu irritado na direcção do céu.

- Tu é que quiseste assim Ginger! – gritou, caminhando na direcção das raparigas. Durante o caminho relâmpagos, tornados, chuva torrencial, fendas no chão, e rajadas de neve, tentaram pará-lo mas, ele simplesmente dispensou estes ataques com um revirar de mãos. Assim que chegou perto delas, sorriu inclinando-se para tentar chegar à loira de olhos castanhos.

- ARGHHH!

O demónio deu vários passos a trás, gritando de pura agonia enquanto tentava agarrar-se às suas costas. Michele e Darren olhavam para ele horrorizados.

- ARGH! GINGER!

- E eu a pensar que demónios superiores aguentavam um pouquinho de dor.

Todas as raparigas abriram os olhos ao ouvirem esta voz. O demónio virou-se derrepete de costas e elas olharam horrorizadas para as grandes partes queimadas que se viam nas suas costas. Uma das raparigas deixou escapar um gemido estrangulado ao ver uma sombra cair em frente ao demónio.

- Ginger. – rosnou o demónio.

A sombra levantou-se caminhando para a luz.

- Demónio.

As raparigas olharam espantadas para a rapariga que falava. Elas conheciam-na, mas nunca a tinham visto assim. O cabelo ruivo estava preso numa trança comprida. O corpo esculpido estava coberto por umas calças de cabedal pretas (com umas botas de combate também pretas) e um top de alças também da mesma cor. Nas mãos, segurava um par de sais que brilhavam na luz. O sorriso no seu rosto era divertido chocando com os olhos frios.
Spoiler:
- Doremi! – exclamou Bibi.

O demónio sorriu.

- Conhece-la Ginger?

- Nunca a vi mais gorda. Bem – disse revirando os olhos – vamos mas é despachar isto, sim? Eu tenho vida sem ser vos matar.

- RESPEITO GINGER! – gritou o demónio irritado.

- Seja. – disse a ruiva revirando novamente os olhos.

As raparigas só conseguiram olhar horrorizadas para o cenário que se desenvolvia defronte delas. Os três demónios tinham cercando a ruiva e começavam a curvar-se deixando a pele borbulhar enquanto esta se transformava para uma espécie de cabedal negro. Elas vira-nos crescer e tornarem-se mais assustadores com garras afiadas e músculos aterradores, rodeando cada vez mais a ruiva que apenas observava.

- Michele, Darren. – disse o demónio superior com a voz rouca e horrorosa que elas começaram a temer.

Com um grito abafado elas observaram enquanto os dois demónios menores começavam a avançar na direcção da ruiva.

- Doremi! – gritou Bibi assustada.

A ruiva ergueu o olhar e sorriu. No segundo seguinte tinha lançado as sais na direcção dos demónios deixando-os mortos no chão.

- Bem agora que isto já está mais equilibrado vamos ao que interessa ou não?

O demónio grunhiu começando a recuar na direcção do grupo. Franzindo os olhos a ruiva fez um movimento de mão. Em volta das seis raparigas uma gaiola de fogo foi formada. A ruiva mais pequena olhou em volta maravilhada enquanto a morena de cabelo espetado parecia que a qualquer momento iria desatar a arrancar os cabelos.

- Nem penses chuchu. Nada de usar reféns.

O demónio rugiu dando um salto na direcção da ruiva. Esta sorriu e assim que ele estava a perto dele, deu um salto erguendo a perna, dando-lhe um golpe em cheio no meio do peito, fazendo-o voar para perto da gaiola.

O demónio começou a erguer-se ainda de costas para a ruiva e, sorriu unindo as mãos numa bola. Nestas uma aura de energia preta formou-se ganhado a forma de um punhal de aspecto mortífero.

Hanna ao ver a arma deixou escapar um grito surdo, fazendo a ruiva semicerrar os olhos e começar a avançar na direcção do demónio.

- Doremi NÃO! – gritou Bibi assustada.

No segundo seguinte o demónio tinha-se virado, com um punhal a brilhar perigosamente à luz e, num único movimento espetou-o no estômago liso da ruiva.

- DOREMI! – gritaram Momoko, Hanna, Bibi e Emilie.

A ruiva tinha aberto os olhos em choque antes de um demónio aproveitar e atira-la para longe. O som do corpo dela a cair no chão assustou o resto do grupo.

- Não! SEU IDIOTA! DEMÓNIO! – gritou Bibi, tentando arranjar maneira de sair dali.

O demónio ergueu-se virando-se para o grupo, ainda dentro da gaiola sorrindo maliciosamente.

- Quieta pequena ruivinha. Tu és a seguir.

- Tu é que vais ser a seguir seu IDIOTA! – gritou irritada.

O demónio riu-se antes de deixar escapar um grito agoniado deixando-se cair de joelhos. Por detrás dele, Doremi tinha uma das mãos erguidas com fogo incandescente a percorrê-la. A sua cara era uma fachada fria.

- Doremi! – chorou Bibi aliviada.

- Ginger… - disse o demónio lutando para se levantar – porque é que não podes simplesmente permanecer MORTA! – gritou correndo na direcção dela apenas para, no segundo seguinte estar no meio do chão morto, com o punhal conjurado por ele espetado no meio do seu peito.

- Dó… - disse Momoko vendo a ruiva a tremer levemente.

A ruiva olhou para elas com uma das mãos a fazer força contra a ferida aberta que escorria sangue sem parar. A cara estava toda arranhada e suja de terra. Ela deixou-se cair de joelhos, perdendo momentaneamente o equilíbrio.

- Doremi!

- Mamã! – gritaram Bibi e Hanna.

A ruiva abanou a cabeça sussurrando algo. No instante seguinte uma luz cor-de-rosa percorreu-a e num piscar de olhos a ruiva desapareceu, sendo a mancha de sangue naquele local a única memória dela.

- Doremi! – gritou a Momoko, assim que a gaiola desapareceu.

A Bibi e a Hanna tinham lágrimas nos olhos enquanto se abraçavam uma a outra. A Sophie aproximou-se dos corpos espalhados no chão. Nicole tremia levemente enquanto observava todos os sinais de luta: o sangue preto, as roupas rasgadas. Emilie tinha-se deixando cair no chão reconhecendo tudo o que se tinha acabado de passar. Os olhos estavam largos enquanto analisava tudo, depois levantou-se:

- Vamos! – ordenou com a voz forte.

- Eu não vou atrás daquela mimada com mania de heroína. – resmungou Sophie, para no momento a seguir ser quase acertada por um relâmpago.

- Quieta Momoko. CALADA SOPHIE! Já não tenho paciência para te ouvir! – gritou a morena. – Levantem-se todas. Levitem esses corpos e transportem-nos para a corte!

Elas olharam espantadas para a morena, antes das duas loiras sorrirem levemente começando a obedecer às suas ordens. A ruivinha limpou as lágrimas começando a ajudar a limpar a rua. A morena de cabelo espetado e a rapariga de cabelo roxo olharam para ela perdidas. Emilie olhou para elas as duas com raiva, virando-se então para a de cabelo espetado:

- E, tu Sophie, podes ter o magnífico prazer de explicar à Rainha o que exactamente se passou e como deixamos uma das nossas desaparecer enquanto ferida, depois de nos salvar a todas!
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